segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

PALAVRA DE VIDA

 Se uma casa se divide... (Mc 3,22-30)
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Como se recusavam a reconhecer nos milagres de Jesus um sinal da ação divina, os escribas o acusam de usar a força de Satã para expulsar os demônios. Jesus retruca: “se Satã expulsa seus próprios demônios, seu reino está dividido e acabará em ruínas”.
            A observação do Mestre nos leva a refletir sobre a importância da unidade e os efeitos mortais da quebra da unidade, sejam os cismas na Igreja, as rupturas familiares e – talvez a causa de tudo – a perda da unidade pessoal.
            O grande líder espiritual dos E.U.A., Dom Fulton Sheen, assim escrevia em seu livro clássico “Angústia e Paz”:
O homem moderno não é mais uma unidade, mas um molho confuso de complexos e de nervos. Acha-se tão desassociado, tão alienado de si mesmo, que se vê menos como uma personalidade, do que como um campo de batalha, onde uma guerra civil se trava raivosa entre mil e uma antagônicas lealdades. Não há um propósito único, a todos os respeitos, em sua vida.”
Nada mais verdadeiro. De um lado, a consciência do que é bom, o apelo da virtude, os protestos do bem comum; de outro, a sedução do poder, a busca das facilidades, a sedução das paixões. Arrastado de lá para cá, o homem se vê partido e arruinado.
Prossegue Fulton Sheen: “Sua alma pode ser comparada a uma jaula, na qual numerosas feras, cada qual buscando sua própria presa, rolam uma sobre as outras. Pode ser ainda comparado a um rádio ligado para várias estações. Em vez de ouvir alguma delas claramente, recebe apenas uma estática intolerável”.
É hora de refletir: em qual emissora estou sintonizado? Na rede do mundo, com seus propósitos de poder e sucesso, de avareza e acumulação, de luxo e luxúria? Ou na emissora do Evangelho, que convida à vida simples e sóbria, à fraternidade e à partilha?
            Se dou ouvidos às duas fontes e acolho todas as mensagens, acabarei partido, neurótico, arruinado. Pior: espalharei a ruína e a divisão à minha volta...
Orai sem cessar: “Oh! Como é bom e agradável
                                   irmãos unidos viverem juntos!” (Sl 133,1)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança

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