Casa sobre casa... (Lc 11,14-23)
Ao longo da História, outras
construções famosas atingiram brilho e fama para, logo após, vítimas da divisão
entre os homens, experimentarem derrocada semelhante. Pareciam instituições
inexpugnáveis – o Império Romano, a Casa d’Áustria, o exército de Hitler, a
União Soviética – e foram roídas pela ambição e pelo ódio, pela corrupção dos
costumes e pela tirania. Hoje, os EUA são o grande império do momento, mas já
vêm dando mostras de uma ruína inevitável: crescimento da miséria, imigração
descontrolada, proliferação de dependentes de drogas, corrupção moral,
crescente endividamento externo, além do ódio de grupos islâmicos que veem a
nação norte-americana como o símbolo do mal.
Também a Igreja de Jesus sofre
efeitos da divisão. Também seus muros apresentam trincas que merecem preocupação.
Ao longo dos séculos, a Igreja sofreu com as perseguições e heresias, mas o
Espírito de Deus a manteve de pé. Depois, vieram cismas, a separação da Igreja
do Oriente (culpados de ambos os lados, é verdade!) e a Reforma protestante,
com as lamentáveis “guerras de religião”. Ainda hoje, de um lado e de outro, há
cristãos que se acham no direito de odiar quem está na outra margem. E a oração
de Jesus aponta para outra direção: “Pai, que todos sejam um, como tu, Pai,
estás em mim e eu em ti, para que também eles estejam em nós e o mundo creia
que tu me enviaste. [...] Eu neles e tu em mim, para que sejam perfeitos na
unidade, e o mundo reconheça que me enviaste e os amaste, como amaste a mim.”
(Jo 17,21.23.)
Na Encíclica “Ut Unum Sint”
(1995), João Paulo II mostrava os caminhos para chegar à unidade: a oração, a
ação de graças e a esperança. A oração como anelo pela unidade. A ação
de graças “porque não nos apresentamos com as mãos vazias”. A esperança,
porque a unidade é dom do Espírito Santo. (UUS, 102)
Orai sem
cessar: “O Senhor congrega os dispersos de Israel.” (Sl 147,2)
Texto de
Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
Nenhum comentário:
Postar um comentário