
As diferenças são evidentes: a água lava por fora. O fogo cauteriza por dentro. O primeiro batismo significava a graça, o segundo vem conferi-la. No primeiro, o pecador se reconhecia como tal; no segundo, o pecador era santificado. O primeiro é preparação para a vida, o segundo é plenitude de vida.
Só depois de Pentecostes os discípulos perceberiam o alcance dessa promessa e o dinamismo que fora infundido em seus corações. Hoje, mais do que nunca, a missão da Igreja e de cada fiel depende radicalmente de um “mergulho” no Espírito de Deus. Sem ele, não temos luz nem força para caminhar.
Hoje, convido você a se abrir à visita do Espírito de Deus e pedir um novo Pentecostes em sua vida pessoal, fazendo de meu soneto “Invocação” a sua ardente prece:
Pomba de fogo, desce sobre mim!
Vem dissolver os blocos de meu gelo:
Abrasa o coração... Vem derretê-lo
Com o gládio abrasador de um querubim!
Quero sentir a tua chama, assim,
Gravando no meu íntimo o teu selo:
Inflamado serei pelo teu zelo
E poderei amar até o fim...
Arromba minhas portas, Santo Vento!
Abre as janelas do meu aposento!
Fende a muralha, abate o meu portão!
E, enquanto o meu castelo já se arromba,
Vejo pousar em mim a aérea pomba,
Transfigurando em luz meu coração...
Orai sem cessar: “Batiza-me, Senhor, com teu Espírito!”
Texto e poema de Antônio Carlos Santini, da Com. Católica Nova Aliança.
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