segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

PALAVRA DE VIDA


E habitou entre nós... (Jo 1,1-18)
Imagem relacionada          A antiga profecia falava de uma Virgem que daria à luz um menino, como sinal de que Deus estava presente e acompanhava os caminhos do povo da Aliança. E o nome do menino seria Emanuel, isto é, Deus conosco. É comum traduzir este nome profético (pois aponta a descida do Verbo ao nosso mundo) apenas em sentido social: Deus entre nós, no meio do povo. Mas é muito mais amplo e profundo o sentido do nome Emanuel: Deus-conosco quer dizer Deus-em-nós, na carne dos humanos. Com certeza, desde a Anunciação – quando Maria ouviu do Anjo Gabriel: “O Senhor está contigo” -, tão logo disse seu sim, Maria teve consciência de que Deus estava em seu íntimo de forma palpável. Estava cumprida a promessa do Emanuel...

               Diferente daquela “presença” do Antigo Testamento, quando Deus se “mostrava” na sarça ardente, na nuvem luminosa, nos trovões do Sinai, agora vê-se a presença corporal, pois o Filho de Deus se encarnou e nasceu de Mulher.
               Não podemos imaginar o cenário de Belém, quando dormia sobre a palha da manjedoura um Menino que era Deus, mas tinha um corpo de homem. Não sabemos recuperar aquele olhar de Maria sobre o recém-nascido, pura contemplação do Deus encarnado. No máximo, nos aproximamos disso, quando fitamos Jesus eucarístico presente na Hóstia consagrada. De qualquer modo, o verbo grego que traduzimos por “habitou entre nós” – eskénosen – esconde em seu interior a palavra “tenda” – skéne. E eu gosto de pensar que Deus se agradou de nós a tal ponto, que veio acampar conosco, fincando definitivamente em nosso solo humano a sua barraca, a sua tenda.
               Podemos encerrar o ano com o hino natalino composto por Santo Afonso de Ligório – “Tu scendi dalle stelle” -e traduzido por Dom Marcos Barbosa, OSB:
               Desceste das estrelas, Rei celeste,
               e à gruta escura e fria tu vieste:
               ó divino Pequenino, eu te vejo aqui tremer,
               Deus encarnado...
               O quanto te custou me haver amado!
Tu, que plasmaste a terra e o céu fizeste,
faltam-te, agora, ó Deus, coberta e veste.
Ó querido estremecido, a que extremos queres vir:
esta pobreza mostra, do teu amor, toda a riqueza.
Orai sem cessar: “Nasceu para nós um menino!” (Is 9,5)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.

domingo, 30 de dezembro de 2018

PALAVRA DE VIDA


 E fazendo perguntas... (Lc 2,41-52)
Resultado de imagem para (Lc 2,41-52)              Após três dias de angustiada procura, Maria e José encontram o adolescente Jesus entre os doutores. E ele faz perguntas...

               Apenas um sinal de que Jesus passará toda a sua vida a fazer perguntas, a colocar questionamentos – muitas vezes incômodos para nós. Na verdade, ele mesmo é a pergunta fundamental que interpela a cada um de nós.
               Nas palavras de François Trévedy, OSB, “Jesus se põe no meio de nós como a Pergunta irredutível e inevitável”. E a resposta que lhe damos define de modo substantivo o sentido de nossa vida. Durante toda a sua vida pública, ele estará distribuindo perguntas em todas as direções: “Que procurais?” “Que queres que te faça?” “Quantos pães tendes?” “Por que tanto medo?” “Por que choras?” “Tu me amas?”
               Também nós, em nossa inquietação, temos perguntas para Jesus: “Onde moras?” “És tu aquele que há de vir?” “É para nós esta parábola?” “São poucos os que se salvam?” “Que devo fazer para herdar a vida eterna?”
               O autor beneditino nos aconselha a insistir em nossas perguntas: “Não tenhamos medo de nossas perguntas. Não ignoremos a Pergunta em pessoa que nos é proposta no presépio e na cruz, nas Escrituras e na história, em nossa vida cotidiana. A pergunta não é colocada como um simples volteio de frase; ela é proposta como um alicerce ainda mais fundamental que tudo o que julgávamos bem estabelecido neste mundo; ela é o abismo sobre o qual tudo está posto. Ela um caminho de existência, é a própria condição que Deus assumiu no meio de nós, em nós, porque ela é também a nossa condição. Humanamente, só vivemos em estado de pergunta...”
               Responder a Jesus Cristo significa escolher um caminho, adotar um itinerário de vida. Alguns escolhem estacionar, criar raízes, edificar torres, estabelecer impérios. Outros – bem-aventurados! – preferem caminhar, seguir em frente, olhos no horizonte, galgar a montanha para encontrar o Menino.
               Podem encontrá-lo na manjedoura, como os pastores. Encontrá-lo no Templo, como Maria e José. Encontrá-lo na escuridão da noite, como Nicodemos. Encontrá-lo na cruz, como o bom ladrão. Não importa onde o encontramos. Importa dar à nossa vida um sentido de resposta. E quando alguém duvidar de Cristo, poderemos dizer: minha vida é resposta ao Salvador.

Orai sem cessar: “Ele me invocará e lhe darei resposta...” (Sl 91,15)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.

sábado, 29 de dezembro de 2018

PALAVRA DE VIDA


Ele recebeu-o nos braços... (Lc 2,22-35)
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               O Velho Simeão representa bem aquela fatia do povo da Primeira Aliança que, como sentinela sobre a muralha, atravessara os séculos em atenta vigília, à espera do Messias prometido. Os ícones da Igreja do Oriente mostram o Menino todo luminoso nas mãos de Simeão, que tem os olhos fitos nos olhos Menino, a ponto de se poder traçar entre eles uma linha reta.

               Como pano de fundo, a frase de seu Cântico, o “Nunc Dimittis”: “Meus olhos viram a tua salvação”. Cumprida a promessa de Deus, tendo já testemunhado a fidelidade de Deus, Simeão canta: “Agora, Senhor, podes despedir em paz o teu servo!” Isto é, já posso morrer, pois vivi o momento-chave de minha vida. “Despedir” (em grego, apolýo) é o verbo que designa o gesto do dono ao libertar o escravo. Podemos traduzir por “libertar”, “desvincular” da promessa já cumprida.
               Por isso mesmo, ao presenciar a chegada de José e de Maria, que traziam o Menino para sua apresentação no Templo do Senhor, Simeão estende prontamente os braços no gesto de acolhida. Este ancião é a imagem daqueles que, movidos pela Graça de Deus, abrem a Jesus a alma e o coração, tomando-o como centro e motivo de sua existência.
               Mas permanece atual o grande mistério da recusa do Cristo. São ainda numerosos aqueles que não se abrem ao oferecimento gratuito de salvação, na pessoa de Jesus. Tal como no tempo de Cristo, quando muitos de seus contemporâneos o recusaram, em especial aqueles que teriam algo a perder – política ou financeiramente –com a adesão ao Mestre de Nazaré, também hoje há pessoas e grupos de coração empedernido, que movem contra Cristo e sua Igreja a mais feroz oposição.
Deixando de lado a hipótese de uma opção consciente pelo Anticristo, a atitude desse exército inimigo pode ser entendida como uma reação de defesa, apegados que estão a projetos e ideais que nascem da ambição e do ódio, da concupiscência e da luxúria, da ganância e do hedonismo pagão. Para eles, o Mártir do Calvário é permanente ameaça. Por isso guerreiam contra Ele, pensando com isso preservar sua liberdade e sua autonomia. Nada diferente do pecado das origens, quando o primeiro casal acatou a sugestão monstruosa de decidir, por conta própria, o que era o bem e o que era o mal... A mesma soberba, a mesma rebeldia.
               E o velho Simeão abraça longamente o Menino, sabendo que nele está a sua razão de viver... E nós?
Orai sem cessar: “Para teu servo, realiza tuas ordens!” (Sl 119,38)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.

sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

PALAVRA DE VIDA


Herodes mandou matar... (Mt 2,13-18)
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               Esta é uma das páginas mais terríveis dos Evangelhos: o assassinato em massa de crianças inocentes. Ainda estávamos enlevados com o lirismo da gruta de Belém, e o ódio do rei invade a cena. Tentando atingir o novo “rei” que o ameaça, Herodes manda exterminar todas as crianças “de dois anos para baixo”, na humilde cidade de Davi.

               Eis o comentário de Edith Stein: “Desde o dia seguinte ao Natal, a Igreja depõe as vestes brancas de festa e se reveste da cor do sangue. Estêvão, o primeiro mártir a seguir a Senhor, e as crianças inocentes, lactentes de Belém e de Judá, que foram degoladas pelas mãos cruéis dos carrascos, reúnem-se em torno do Menino no presépio, formando o seu séquito.
               Que significa tudo isto? Onde está agora a alegria dos exércitos celestes? Onde a silenciosa ventura da noite santa? Onde está a paz sobre a terra?
               ‘Paz na terra aos homens de boa vontade!’ Mas nem todos são de boa vontade. O misterioso poder do mal envolvia o mundo na noite, e foi preciso que o Filho do Pai eterno descesse da glória do céu. As trevas cobriam a terra e ele veio como a luz que brilha nas trevas, e as trevas não o receberam.
               Para aqueles que o receberam, ele trouxe a luz e a paz; a paz com o Pai do céu, a paz com todos aqueles que também são filhos da luz e filhos do Pai, e a paz profunda do coração, mas não a paz com os filhos das trevas. Para estes, o Príncipe da paz não traz a paz, mas a espada. Para eles, Jesus é a pedra de tropeço contra a qual eles avançam e que os quebra. Eis a grave e pesada verdade que não deve dissimular o poético encanto do presépio.
               O mistério da encarnação e o mistério do mal estão estreitamente ligados. À luz descida do céu vem opor-se, tanto mais sombria e lúgubre, a noite do pecado.”
               E nós pensávamos que a Encarnação do Filho e sua presença entre nós fosse o início daquele reino decantado por Isaías, quando o lobo e o cordeiro pastariam juntos... Em nossa inocente ilusão, imaginávamos que o mal se entregaria sem reação, que as crostas do ódio se fundiriam em rios de mel...
               Não. O mal resiste ao bem. A avareza rejeita a partilha. O poder recusa a igualdade. A ambição não tem olhos para o pobre. No meio das palhas de trigo, o Menino estende a cada um de nós as mãozinhas inocentes, mas são muitos os que preveem prejuízos com a chegada de Jesus. Qual será a nossa reação?

Orai sem cessar: “Não esqueças para sempre, Senhor, a vida de teus pobres!” (Sl 74,19b)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

PALAVRA DE VIDA


 Viu e acreditou... (Jo 20,2-8)
Resultado de imagem para (Jo 20,2-8)     Os ícones orientais da Ressurreição de Cristo (em grego, anástasis) mostram claramente o túmulo vazio e a pedra rolada. Mas um detalhe chama nossa atenção: as bandagens (em grego, tà othónia) que haviam envolvido o corpo de Jesus, não foram desmanchadas nem dobradas, como dizem algumas traduções, mas se mostravam frouxas, estendidas (em grego, keimena). No ícone bizantino, vê-se claramente um casulo vazio, de onde voara a borboleta de volta à Vida. O Cristo Senhor ressuscita sem desmanchar seu invólucro de linho, mirra e aloés!

               Foi isto que João viu e... acreditou. Doravante, os apóstolos pregarão: Não podemos calar o que vimos e ouvimos.” (At 4,20.) “O que vimos com nossos olhos... nós vo-lo anunciamos...” (1Jo 1,1.3.) A simples visão do túmulo vazio não bastaria para levar à convicção da ressurreição de Cristo. Mas a evidência de que Jesus passara através das bandagens sem as desmanchar, deu-lhes a certeza que ainda lhes faltava. Neste Evangelho, vão lado a lado Pedro e João, a instituição e o carisma. João, bem mais jovem, corre mais rápido e chega primeiro. Mas não entra, reconhecendo a precedência de Simão Pedro, que Jesus havia postado à frente dos Doze.
E é de João – autor deste texto – o ato de fé, que brota do “insight” despertado pela inesperada visão das bandagens acamadas no solo, tornadas sólidas e firmes pelos aromas (cem libras: mais ou menos 30kg!) trazidos por Nicodemos para o embalsamamento de Cristo. Uma frase de Jesus – “Bem-aventurados os que não viram e, contudo, creram” (Jo 20,29) – tem sido insistentemente usada por aqueles que apregoam uma fé quimicamente pura, uma fé que dispense sinais e milagres. Ora, se esses sinais que falam à visão e aos outros sentidos fossem inúteis, o próprio Senhor não teria devolvido a vista aos cegos nem ressuscitado Lázaro.
               Deus sabe que nós somos humanos e, às vezes, hesitantes na fé, acabamos dependentes de sinais. Por isso mesmo, entre santos e entre pecadores, Ele sinaliza sem reservas, com demonstrações de seu poder e de seu amor. Se os racionalistas torcem o nariz para os milagres, tanto pior para eles!
Enquanto isso, na esteira de João e Pedro, que não deram ouro nem prata ao aleijado da Porta Formosa, mas lhe devolveram a capacidade de caminhar, o povo simples aceita com alegria todos os milagres que Deus dá. Tanto melhor para eles...

Orai sem cessar: “Vem em socorro à minha falta de fé!” (Mc 9,24)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

PALAVRA DE VIDA


 Sereis odiados... (Mt 10,17-22)
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              Pregadores de hoje – inclusive os que se autodenominaram bispos e apóstolos! – preferem pregar um “evangelho” hidroaçucarado, oferecendo à assembleia pílulas douradas e promessas de fama e riqueza. Jesus Cristo, em plena contramão, adverte seus seguidores que seriam perseguidos em razão de sua adesão à Boa Nova. Ao que se vê, ele não entendia de marketing...

               Em seu livro “A vida cotidiana dos primeiros cristãos” (Ed. Paulus, 1997), A.-G. Hamman nos dá um quadro da arriscada situação dos fiéis no Império Romano. Era da rua que vinha o ódio maior, numa época em que a opinião pública valia como contrapeso ao poder de César.
               “Por mais que o cristão vivesse com todo mundo, frequentasse termas e basílicas e exercesse as mesmas profissões que os outros, ele punha nisso matizes e, às vezes, reservas. Uma parte de sua existência escapava, surpreendia. Sua fé era tachada de fanatismo; sua irradiação, de proselitismo, e sua retidão, de censura.”
               O povo logo notava a mudança no convertido ao Evangelho: “A mulher evitava os trajes vistosos e o marido já não jurava por Baco ou por Hércules. Pagar impostos tornava-se suspeito: ‘Ele nos quer dar lições’, diziam esses mediterrâneos. Os cristãos eram conhecidos como escrupulosos a respeito de pesos e medidas. A honestidade se voltava contra eles e os indicava à atenção dos outros”. Numa só palavra, ser bom e honesto deixava o cristão em perigo.
               Se a ajuda mútua despertava a admiração do pagão, a fraternidade entre senhores e escravos parecia duvidosa e incompreensível aos mais cultos. Na escola, o jovem cristão já sofria bullying: chegou até nós o grafitti de um asno crucificado com a inscrição: “Alexâmenos adorando seu deus”. Logo abaixo, a resposta do jovem cristão: “Alexâmenos fiel!”
               O seguidor de Jesus não ia ao teatro (onde o nu total era comum) nem às arenas (a violência chegava até a morte do vencido). Essa ausência era notada e dava origem a boatos. Circulavam mexericos a respeito do culto eucarístico dos cristãos, acusados de canibalismo por imolar crianças vivas e beber seu sangue. O celibato voluntário e a virgindade valorizada eram motivo de zombaria.
               Estranheza, distância, desprezo, calúnias, perseguições: eis o preço de seguir Jesus. Não admira que poucos sejam fiéis. Ainda hoje...
Orai sem cessar: “Meus inimigos são muitos;
                              com ódio implacável me perseguem...” (Sl 25,19)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.

terça-feira, 25 de dezembro de 2018

PALAVRA DE VIDA


Uma grande luz... (Is 9,1-6)
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         Foi a luminosidade excepcional de uma conjunção de astros que apontou aos magos do Oriente o caminho de Belém (cf. Mt 2,2). Na noite do Natal, os humildes pastores ouvem o anúncio dos anjos inteiramente envolvidos pela luz gloriosa do Senhor (cf. Lc 2,9) que vinha espantar as trevas da humanidade.

Era exatamente desta “iluminação” que falava a antiga profecia de Isaías, em notável contraste entre a triste condição humana (“habitavam as sombras da morte”) e a salvação agora oferecida pelo Ungido de Deus (grande luz / alegria / felicidade / cangas quebradas / um filho doado).
               Desde os primeiros séculos, os cristãos adotaram um crucigrama (uma cruz formada por letras) com as palavras gregas phôs e zoé [luz e vida], afirmando que Cristo veio para ser nossa luz e nossa vida. O círio pascal, a vela do batismo, a vela nas mãos do moribundo, as procissões luminosas – são apenas alguns dos sinais adotados pela Igreja para acentuar o lado luminoso da fé.
               Por oposição, o pecado é visto como sombra, o paganismo como noite profunda, enquanto a conversão é passagem para a luz. Na Carta aos Efésios, Paulo escreve àqueles que foram batizados: “Outrora éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor. Procedei como filhos da luz. E o fruto da luz é toda espécie de bondade e de justiça e de verdade. [...] E tudo o que é manifestado torna-se claro como a luz. Eis porque se diz: ‘Desperta, tu que estás dormindo, levanta-te dentre os mortos e Cristo te iluminará’”. (Ef 5,8-9.14)
               Representado como “luz divina”, o Espírito de Deus, prometido desde o Antigo Testamento (cf. Jl 3; Ez 36,26), veio na manhã de Pentecostes como um fogo iluminador (cf. At 2). À luz pura e simples, com seu papel de revelar e sanear, juntam-se as línguas de fogo, que liquefazem o sólido e cauterizam as feridas. Desde Pentecostes, a experiência cristã é uma iluminação.
               Nossa sociedade passa por uma noite de trevas. Suas marcas são a fraude e a mentira, a verdade escamoteada, a ridicularização dos valores (sejam eles a pureza, a castidade, o trabalho humilde, a honestidade...), ao lado das mais aviltantes idolatrias, com o dinheiro escravizando a seus pés uma multidão de adoradores.
               Neste Natal, tornemos mais intensas as nossas orações, rogando ao Menino de Belém que a noite se vá e nova aurora inunde os nossos corações.

Orai sem cessar: “Senhor, à tua luz veremos a luz!” (Sl 36,10)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.