Bispo

DOM CÉLIO DE OLIVEIRA GOULART

Dom Célio de Oliveira Goulart é natural de Piracema, tem 66 anos. Fez seus estudos de filosofia no Convento São Boaventura, em Daltro Filho (RS) e no Convento Santa Maria dos Anjos, em Betim (MG). Já o curso de teologia foi feito no Convento Santo Antônio, em Divinópolis (MG), e no Instituto de Teologia da PUC-Minas, em Belo Horizonte (MG). Em 12 de julho de 1969 foi ordenado padre pela Ordem dos Frades Menores (OFM). Em agosto de 1998 foi nomeado bispo da diocese de Leopoldina (MG) e adotou como lema “A cruz é a força de Deus”. Em 2003, foi transferido para a diocese de Cachoeiro do Itapemirim. De 2003 a 2007, foi presidente do Regional Leste 2 da CNBB (estados de Minas Gerais e Espírito Santo) e membro do Conselho Permanente da CNBB. Dom Célio tomou posse como bispo da diocese de São João del-Rei no dia 17 de julho de 2010.

BRASÃO
O Brasão sintetiza o programa de vida e as metas que o Bispo deseja atingir e realizar na sua missão pastoral em favor do Povo de Deus. Cada figura do Brasão possui seu particular simbolismo assim:
    

1 – CHAPÉU e FRANJAS: Símbolo da dignidade episcopal, entendida como serviço á comunidade Diocesana da qual o Bispo é pastor. As franjas, com doze pontas, lembram os dozes apóstolos, alicerces da igreja.
2 – A CRUZ, como suporte do estandarte: é a CRUZ de CRISTO que sustenta e direciona a ação evangelizadora do Bispo.
3 – A LETRA T: é o TAU, a Cruz de São Francisco, lembrando a origem do Bispo, seu nascimento em 14 de setembro, dia da Exaltação da Santa Cruz, como também a Província Franciscana da Santa Cruz, sua Província de origem.
4 – RAIOS DE LUZ, iluminando a CRUZ, significando que a VIDA, a RESSURREIÇÃO passam pela CRUZ. A FORÇA DE DEUS sempre passa pela CRUZ.
5 – A ÁGUA e o PEIXE – representando as cidades de Piracema (a subida do peixe, etimologia indígena ), onde nasceu o Bispo, e Pirapora ( o salto do peixe, etimologia indígena ), cidade de sua Ordenação Episcopal, onde fora Pároco. O PEIXE é alimento para todos. JESUS CRISTO é também simbolizado pelo PEIXE , alimento eucarístico para todos.
6 – DÍSTICO – Lema do Brasão, princípio da ação pastoral do BISPO: CRUX DEI VIRTUS EST ( A CRUZ É A FORÇA DE DEUS ), baseado em 1 Cor 1,18. Que as dores e os sofrimentos da vida sejam iluminados pela luz da Ressurreição



DOM WALDEMAR CHAVES DE ARAÚJO
(Bispo Emérito)


Dom Waldemar Chaves de Araújo nasceu em Bom Despacho, Minas Gerais, em 23 de junho de 1934.
Concluiu o Seminário Menor em Dores do Indaiá e os cursos de Filosofia e Teologia em Diamantina, sendo ordenado em 1962, em sua cidade natal. Em 1966, quando já exercia ativamente suas atividades na Diocese de Luz, como diretor espiritual do Seminário e coordenador da pastoral, viajou para a Bélgica, onde cursou Liturgia Pastoral, Sociologia e Psicologia na cidade de Bruges.
Voltando ao Brasil, no final de 67, retomou suas atividades na Diocese de Luz. De lá pra cá, sua vida sacerdotal foi permeada por intenso trabalho em todas as comunidades que o acolheram: como Cura da Catedral, coordenador da Pastoral, diretor da Faculdade de Ciências Humanas de Luz, que ajudou a fundar, diretor das Obras das Vocações Sacerdotais e pároco de Lagoa da Prata.
Em 1978, foi agraciado com o título de Monsenhor. Quando recebeu a notícia de sua nomeação para bispo, no dia 07 de dezembro, Dom Waldemar assumia o cargo de reitor do Seminário Diocesano de Luz e diretor da Faculdade do Alto São Francisco-FASF-(Ex-Faculdade de Ciências Humanas de Luz). Atuou como Bispo em Teófilo Otoni e hoje é Bispo Emérito de São João del Rei.

BRASÃO
As águas fazem referência ao nome ¨Waldemar¨ que significa ¨as muitas águas¨. "O pastor deve conduzir o rebanho às águas frescas da salvação." (Sl 22). As chaves, também presentes no nome do Bispo, representam as chaves Pontifícias, expressando obediência ao Chefe Supremo da Igreja , o Papa (Is 22,22).
A cruz e o Campo Vermelho fazem alusão à árvore e ao altar do sacrifício (Gen 22,9), tendo também como referência o nome do Bispo: ¨Araújo¨ que quer dizer ¨árvore¨ e ¨Ara¨, que significa ¨altar¨

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DOM ANTÔNIO CARLOS MESQUITA

Dom Antoônio Carlos Mesquita nasceu em 13 de outubro de 1923, em Itapecerica - MG
Foi batizado na Igreja Matriz de São Bento em 10 de novembro, pelo Monsenhor Cerqueira, tendo como padrinhos Josafa Barbosa Mesquita e Dona Santinha Rabelo.
Crismou-se em 27 de Março de 1924, por mãos de Dom Antônio dos Santos Cabral.
Aos 7 anos, em 1 de Novembro de 1930 recebu das mãos do Monsenhor Vicente Soares sua primeira comunhão.
Frequentou o Grupo Escolar "Severo Ribeiro" tendo como professoras Rosa Branca Rabelo e Ofélia Ribeiro de Castro.
No inicio do 4º ano primário, foi para o Seminário Menor de Belo Horizonte, recebendo a Batina, das mãos de Mons. Leão Medeiros leite, no dia 28 de Março de 1936.
Frequentou o Seminário Menor de 1936 a 1941.
Em 1942, inicia o estudo da filosofia e em 1944 recebe a primeira Tonsura Clerical.
As Ordens Menores, recebeu-as em 1945 e 1946. O Subdiaconato, em 8 de dezembro de 1947.
Ordenou-se Presbitero pela imposição das mãos de Dom Carbral que lhe conferiu todas as Ordens Sagras.
A Ordenação Sacerdotal foi na Igreja de Nossa Senhora ds Dores, Floresta, em Belo Horizonte no dia 8 de dezembro de 1947.
Aos 24 anos celebra sua primeira missa na Capela do Educandário São João Batista, das Irmãs Batistinas, no bairro Floresta.
Em 14 de dezembro de 1947, celebra sua primeira missa solene na Matriz de São Bento, em Itapecerica, sendo pregador Monsenhor leão Medeiros Leite e com música composta por seu pai.
Nos anos de 1948 e 1949 foi secretário particular de Dom Cabral, Capelão do Cenáculo e ainda Professor no Seminário Coração Eucarístico de Jesus. Lecionou: Religião, Pedagogia, Liturgia, Ação Católica, Apologética e Portugues Histórico.
Em 1950 foi nomeado Diretor Espiritual do Seminário menor de capelão do Pensionato Nossa Senhora Auxiliadora das Irmãs Salesians.
Em 1951 pediu a Dom Cabral para fazer uma experiência de pastoral rural. Foi então nomeado Vigário de São Sebatião do Oeste, onde terminou a construção da Igreja.
Em agosto de 1953, foi nomeado Cooperador de Nossa Senhor do Pilar em Nova Lima.Ocupou neste ano e até 1954 os cargos de Diretor Espiritual dos Seminários Maior e Menor de Belo Hozonte.
Em 1955, era nomeado Vigário da Paróquia de Santa Quitéria, em Esmeraldas. Onde constrói a Igreja Matriz, realiza obras assitênciais, exerce o magistério e dirige o ginásio local Santa Quitéria.
Ali ficou até 1964, quando foi nomeado Vigário da Paróquia de Santa Rita de Cássia, no Bairro São Pedro, em Belo Horizonte.
Em 8 de Abril de 1974, o Papa Paulo VI nomeou Bispo Coadjutor e Administrador Apostólico da quele que o eviara ao Seminário e de quem recebera a Batina Vermelha de Caroinha, Dom José Medeiros Leite.
Com a morte de Dom José Medeiros Leite aos 6 de Março de 1974, automaticamente passou a ser o 2º Bispo Diocesano de Oliveira.
Sua sagração Episcopal realizou-se em 23 de junho de 1974, sendo Bispo Sagrante Bispo Emérito Dom João de Rezende Costa, como consagrantes: Dom Serafim Fernandes de Araújo, Arcebispo Metropolitano de Belo Horizonte e Dom Cristiano Portela de Araujo Pena, Bispo Emérito da Diocese de Divinópolis.
Em 21 de dezembro de 1983, o Papa João Paulo II o transferiu de Oliveira para a Diocese de São João del Rei, onde tomou posse solenemente, em 19 de Março deste ano.
Aposentou-se em 1995. mudando-se para Itapecerica onde ficou ajudandos na paróquia. Faleceu em 19 de dezembro de 2005 aos 82 anos 

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DOM DELFIM RIBEIRO GUEDES

Colégio Pio Latino, em Roma, onde recebeu a láurea de doutor em teologia e filosofia, ordenando-se aos 25 de outubro de 1931. Regressando ao Brasil, Dom Delfim foi investido nas funções de vigário de Soledade do Itajubá, hoje Delfim Moreira, e, posteriormente, da paróquia de sua terra natal, Maria da Fé. Ocupou o cargo de reitor do Seminário de Pouso Alegre. Em 28 de janeiro de 1935, Dom Delfim Ribeiro Guedes foi distinguido com a honra de cônego da Diocese e, em 30 de junho de 1943, elevado à dignidade episcopal, como Bispo de Leopoldina.
Dom Delfim Ribeiro Guedes, nasceu em Maria da Fé (MG), em 02 de maio de 1908. Depois de seu curso secundário, feito em Pouso Alegre (MG), ingressou em 1925 no
A Diocese de São João Del Rei foi criada em 21 de maio de 1960 pela Bula Quandoquidem novae do Papa João XXIII, desmembrada da Arquidiocese de Mariana, da Diocese de Campanha e da então Diocese de Juiz de Fora.
Sua instalação se deu no dia 06 de novembro de 1960, às 9h, na Catedral de Nossa Senhora do Pilar, perante o Exmo. e Revmo.sr. Dom Oscar de Oliveira, Arcebispo de Mariana, delegado do Exmo.revmo.sr. Dom Armando Lombardi, Núncio Apostólico no Brasil. Foi lida em latim e português a bula Quandoquidem novae e precisamente às 10:00h, Dom Oscar declarou instalada a nova diocese e deu posse canônica ao Exmo. e Revmo. Sr. Dom Delfim Ribeiro Guedes, que foi levado ao Trono Episcopal.
O novo bispo estruturou a diocese, fundou várias paróquias, ordenou muitos sacerdotes e se destacou pela sua atenção especial dada aos pobres e menos favorecidos. Foram 23 anos à frente deste rebanho.
Dom Delfim faleceu no hospital Nossa Senhora das mercês em São João del-Rei no dia 23/02/1985 e foi sepultado no dia seguinte, na Catedral Basílica de Nossa Senhora do Pilar, também em SJDR.
Uma Curiosidade interessante sobre o legado de Dom Delfim na diocese de SJDR foi uma relíquia de
São Sebastião, um pedaço de osso do glorioso mártir, que ele conseguiu em Roma e trouxe para a paróquia de São Sebastião, no distrito de São Sebastião da Vitória.
Dom Delfim também muito se destacou na diocese de Leopoldina, onde trabalhou 17 anos, principalmente na área de defesa social e de incentivo à educação.
“Em 1955 foi o Colégio Leopoldinense transferido do Bispado de Leopoldina ao governo do Estado de Minas Gerais.
O Prof. Oíliam José, à página 44 do livro Lições e Recordações, acima citado, tece importantíssimas considerações sobre os “heróicos esforços” do Bispo Diocesano de então, Delfim Ribeiro Guedes, Mons. Guilherme de Oliveira, junto aos governadores de Minas, Juscelino Kubitscheck e Clóvis Salgado e a deputados estaduais, para estadualizar do Colégio e, com isto, garantir ensino ginasial e colegial gratuitos a toda juventude leopoldinense.
Inúmeros obstáculos tiveram que superar – diz o Prof. Oíliam – para que as autoridades aprovassem a compra do Colégio. A maior delas foi a falta de recursos financeiros por parte do governo de Minas.
Com efeito, aos 14.02.1955 o Colégio foi assumido pelo Estado de Minas, mas a escritura de Compra e Venda só veio a ser assinada em 7.12.1955. O preço recebido pela Diocese foi, quase que inteiramente, consumido nas indenizações trabalhistas ao professorado e ao pessoal administrativo – informa o Prof. Oíliam.
Tem-se, portanto, que graças à visão sociológica e humana desses homens ilustres, Dom Delfim, Mons. Guilherme, Juscelino Kubitscheck e Clóvis Salgado, um colégio que antes, por ser particular, só tinha condição de oferecer instrução a alunos cujos pais tivessem recursos para pagar seus estudos, a partir da estadualização passou a receber em seus bancos escolares toda a juventude leopoldinense, independente da condição econômica.
Nós, ex-alunos da fase anterior à estadualização do Colégio, fomos testemunhas de uma realidade social terrível, muito desconfortável”. Não havia em Leopoldina, como certamente ocorria em outras cidades de igual porte do país, educação secundária gratuita. Sendo assim, só os que podiam pagar gozavam desse privilégio. Como resultado, até os derradeiros anos da década de 50, à exceção das escolas primárias, todos os Colégios de Leopoldina eram “colégios para brancos”, ou seja, para os que podiam pagar! Isto equivalia à “absoluta negação”, entre nós, por cerca de 60 anos após a Lei Áurea, do direito de instrução secundária à juventude pobre (condição em que, principalmente, a juventude negra se incluía em sua quase totalidade). A monstruosidade ganha maior vulto se lembrarmos que Leopoldina, do início do Século XX, detinha o segundo maior contingente negro do Estado de Minas - inferior, apenas, a Juiz de Fora.
Isto deixa muito clara a grandeza humana, o elevado espírito do nosso primeiro Bispo, Dom Delfim Ribeiro Guedes, um homem de aguda visão social que soube enxergar muito além dos interesses materiais que administrava, preferindo transferir o enorme patrimônio imobiliário do Bispado - o intangível histórico de valor incalculável de um dos mais conceituados estabelecimentos de educação do país - ao Estado de Minas, em troca de nada, porque tinha olhos voltados para o bem da juventude injustiçada de nossa terra.”