
Muitos procuram por “alternativas”. O filósofo da moda. O
guru de plantão. Uma ética baseada tão somente em esforço e boa vontade. Uma exótica
seita oriental. Qualquer outra estrada que não signifique uma rendição pura e
simples Àquele que deu sua vida por nós no Calvário.
No início de sua caminhada, bem antes do drama do
Gólgota, os discípulos ouviram do Mestre uma pergunta capaz de orientar toda a futura
rota: “Que é que vocês estão procurando?” Agora, ao fim da jornada, eles olham
para trás e percebem que não dá mais para refazer o caminho... Acompanhemos o
comentário de François Trévedy:
“Senhor, a quem
iríamos nós?... Aqui Pedro extrai a conclusão prática de todo um caminho
que ele já percorreu, sem perceber nessa hora, sem dúvida, o desfecho pascal
daquele caminho que ainda deve percorrer. Não importa: em sua ‘confissão’
existe todo um itinerário em perspectiva e toda uma rendição. É que ir a Jesus
Cristo, dirigir-se até Jesus Cristo,
significa render-se a Ele e capitular entre as mãos do Pai, que nos recapitula em seu Cristo (Ef 1,10).
Itinerante na fé, a Igreja está por inteiro neste “caminhando”; humilde servidora da
Palavra, ela está por inteiro nesta rendição. Se nós percebêssemos que
plenitude de graça existe em privar da intimidade de Jesus – sim, apenas em
conviver com Ele assim como se respira -, e que plenitude de verdade esta
simples convivência instaura no mundo, com que alegria inefável e glorificada, para retomar ainda uma vez as
palavras de Pedro (1Pd 1,7), nós diríamos em cada domingo: Eu creio na Igreja!”
Aquilo que os adversários chamam de “exclusivismo”, nós
chamamos de Verdade. Uma Verdade que ilumina este mundo e suas relações, mas se
projeta muito além, em plena eternidade. Pois caminhar com Jesus Cristo é uma
exigência de eternidade.
A quem iríamos nós?
Orai sem
cessar: “Senhor, tu tens palavras de vida eterna!”
Texto de Antônio Carlos
Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
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