Quando
Jesus se preparava para entregar-se à Paixão e separar-se de seus discípulos,
falou repetidamente do dom do Espírito Santo como um “revelador”, alguém que
poderia devolver aos corações humanos o sentido perdido de sua existência e dos
projetos de Deus.
Assim,
em S. João, podemos ler: “E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará um outro
Paráclito, para que fique eternamente convosco. É o Espírito da verdade, que o
mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece; mas vós o conhecereis,,
porque permanecerá convosco e estará em vós”. (Jo 14,16-17.)
Ou, logo a seguir: “Mas
o Paráclito, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, ensinar-vos-á
todas as coisas e vos recordará tudo o que vos tenho dito.” (Jo 14,26.) E
reafirma, ainda, sua função pedagógica: “Quando vier o Paráclito, o Espírito
da verdade, ensinar-vos-á toda a verdade, porque não falará por si mesmo, mas
dirá o que ouvir, e anunciar-vos-á as coisas que virão”. (Jo 16,13.)
Desde
Pentecostes, a Igreja percebeu que só poderia ser o “Corpo de Cristo” sendo
habitada pelo Espírito Santo. O Vaticano II, na Constituição Lumen Gentium,
reconhece a ação do Espírito na Igreja: “O Espírito habita na Igreja e nos
corações dos fiéis como num templo (cf. 1Cor 3,16; 6,19). Neles ora e testemunha
a adoção de filhos (cf. Gl 4,6; Rm 8,15-16.26). Conduz a Igreja a toda a
verdade (cf. Jo 16,13). Unifica-a na comunhão e no ministério. Dota-a e
dirige-a mediante os diversos dons hierárquicos e carismáticos. E adorna-a com
seus frutos (cf. Ef 4,11-12; 1Cor 12,4; Gl 5,22).” (LG, 4.)
Pairando
sobre as águas primordiais da Criação, ungindo os profetas da Primeira Aliança,
gerando na Virgem Maria a natureza humana do Salvador, descendo sobre Jesus no
Rio Jordão, inflamando os discípulos em Pentecostes – eis a presença universal
do Espírito de Deus na história dos homens...
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