
Naturalmente, não se trata de uma
vigília tensa, como soldados sitiados que temem um iminente ataque noturno.
Muito ao contrário, trata-se daquela expectativa jubilosa de um povo que tem
como certa a vinda do Senhor. Enquanto Ele não chega, a noiva ansiosa se atavia
com flores de laranjeira. E os amigos do noivo afinam seus instrumentos. O
maior da casa, o mordomo previdente, já terá encomendado o vinho capitoso.
Um de meus cânticos – Vigia
esperando a aurora -, gravado duas vezes pelo Pe. Jonas Abib, fala
exatamente do “vigia que espera pela aurora”. Imagem de cada fiel que se sente
responsável pelo anúncio da Boa Nova. Hoje, ofereço esta letra para sua
meditação:
Vigia esperando a aurora,
Qual noiva esperando o amor,
É assim que o servo espera
A vinda do seu Senhor!
1. Ao
longe, um galo vai cantar seu canto,
O sol no
céu vai levantar seu manto,
Mas na
muralha eu estarei desperto,
Que já vem
perto o Dia do Senhor.
2. A minha
voz vai acordar meu povo,
Louvando a
Deus, que faz o mundo novo.
Não vou
ligar se a madrugada é fria,
Que um novo
dia logo vai chegar...
3. Se é
noite escura, acendo a minha tocha.
Dentro do
peito, o Sol já desabrocha.
Filho da
luz, não vou dormir: vigio.
Ao mundo
frio vou levar o Amor!
Orai sem
cessar: “Eu te estabeleci como sentinela para a Casa de Israel.” (Ez 33,7)
Texto e
poema de Antônio Carlos Santini, da Com. Católica Nova Aliança.
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