Por
seus frutos os conhecereis... (Mt
7,15-20)

Já vimos também que uma figueira
foi amaldiçoada por Jesus, porque nela não encontrou os frutos procurados (cf.
Mt 21,19).
Mas não basta frutificar. É
preciso ver que tipo de frutos a árvore dá. Há frutos de salvação e frutos de
perdição. Há frutos que alimentam e frutos que intoxicam. Quando Dom Bosco teve
de esperar pela morte de seu bispo para ver sua Congregação autorizada a ir em
missão para o estrangeiro, sua obediência deu frutos de salvação. Quando um
teólogo, superestimando a própria inteligência, se rebela contra a Igreja, que
podou seus excessos teóricos, ele está semeando uma seara de rebeldia e de
contestação que afastará muitos fiéis do bom caminho.
No âmbito da família, o trabalho
do pai, a presença da mãe, a obediência dos filhos são indicadores seguros de
que a vontade de Deus é levada a sério. Este lar será abençoado. Ao contrário,
o pai farrista, a mãe ausente, os filhos rebeldes apontam na direção oposta: a
vontade de Deus não é levada em conta na sua maneira de viver. Obviamente, a
colheita destas duas famílias será bem diferente...
O povo tem vários ditos que
expressam a mesma sabedoria. Um deles afirma: “Quem semeia ventos, colhe
tempestades”. E um sério exame de consciência há de nos mostrar que boa parte
das tempestades que nos assaltaram foram causadas por nossos próprios pecados,
escolhas mal feitas, inclinações que não tiveram freio...
Outro ditado caipira garante:
“Quem nasce pra ser pato, não chega a saracura”. Determinismos à parte, o
comportamento das duas aves manifesta a sua índole própria. Assim, aquele que
se entrega à preguiça, pouco colherá. Quem se abandona à ira, afastará até mesmo
quem o amava. Quem se deixa dominar pela luxúria, destruirá seu lar. E os
frutos denunciarão a árvore má.
Ao contrário, o trabalhador
disciplinado recolherá os benefícios de seu trabalho. O homem que domina sua
raiva será respeitado como um homem forte. Os esposos fiéis farão de seu lar a
casa construída sobre a rocha, edifício que as tempestades da vida não poderão
derrubar.
Afinal, repassando a minha vida, que
árvore sou eu? Que frutos brotam de meu coração?
Orai sem cessar: “Espírito Santo de Deus, dai-me os vossos sete
dons!”
Texto
de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
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