Até o
último centavo! (Lc 12,54-59)
Jesus ainda lhes daria um “sinal”: o
sinal de Jonas, aludindo à sua própria ressurreição. Após três dias no fundo do
oceano, lugar dos mortos, devorado por um grande peixe, o profeta foi devolvido
à vida. Também Jesus ressuscitaria ao terceiro dia. Mas todos os sinais seriam
inúteis, pois não foram reconhecidos...
Todos esses milagres – suficientes
para demonstrar a divindade de Jesus, que serenou a tempestade, mudou água em
vinho, chamou Lázaro de volta à vida... – não bastaram para os homens do Templo
e os poderosos de Israel. Corações fechados, conspiraram contra Jesus e o
levaram à morte. Hoje, a situação permanece a mesma. Muitos se fecham ao
anúncio da Boa Nova e à mensagem do amor de Deus. Em maio de 2005, estive na Universidade
de Viçosa, MG, para uma palestra sobre Fé e Razão. Entre os presentes, havia um
grupo de estudantes que se dedicam a aprofundar-se no ateísmo. Pretendem,
mesmo, que se possa viver um “ateísmo científico”, como se Deus estivesse ao
alcance de telescópios e microscópios...
O Concílio ensina: “Sem dúvida, não
estão imunes de culpa todos aqueles que procuram voluntariamente expulsar Deus
do seu coração e evitar os problemas religiosos, não seguindo o ditame da
própria consciência; mas os próprios crentes, muitas vezes, têm
responsabilidade neste ponto. Com efeito, o ateísmo, considerado no seu
conjunto, não é um fenômeno ordinário, antes resulta de várias causas, entre as
quais se conta também a reação crítica contra as religiões e, nalguns países, principalmente
contra a religião cristã.” (GS, 19.)
Se os cristãos fossem mais humildes
e prestativos, mais caridosos e mais simples, certamente iriam favorecer o
reconhecimento de Jesus como nosso Salvador. Somos todos responsáveis. Se
ignoramos os sinais de Deus, acabaremos em dificuldades, pois seremos cobrados até
o último centavo...
Orai sem
cessar: “O meu socorro virá do Senhor!” (Sl 121,2)
Texto de Antônio Carlos Santini, da
Comunidade Católica Nova Aliança.
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