Vigiai!
(Mc 13,33-37)
O tempo litúrgico do Advento, enquanto espera e
expectativa do Natal do Senhor, é por natureza um tempo de vigilância. Se os
pastores de Belém ouviram dos anjos o convite para a gruta, é que eles velavam
durante a noite. Dorminhocos não ouvem convites...
Naturalmente, não se trata de uma vigília tensa, como
soldados sitiados que temem um ataque noturno. Muito ao contrário, trata-se da
expectativa jubilosa de um povo que tem como certa a vinda do Senhor. Enquanto
Ele não chega, a noiva se atavia com flores de laranjeira. Os amigos do noivo
afinam seus instrumentos. O maior da casa, o mordomo, já terá encomendado o
vinho capitoso.
Um de meus cânticos, gravado pelo Pe. Jonas Abib,
fala exatamente do “vigia que espera pela aurora”. Imagem de cada fiel que se
sente responsável pelo anúncio da Boa Nova. Hoje, ofereço esta letra para sua
meditação:
Vigia esperando a aurora,
Qual noiva esperando o
amor,
É assim que o servo
espera
A vinda do seu Senhor!
1. Ao longe, um galo vai
cantar seu canto,
O sol no céu vai levantar
seu manto,
Mas na muralha eu estarei
desperto,
Que já vem perto o Dia do
Senhor.
2. A minha voz vai
acordar meu povo,
Louvando a Deus, que faz
o mundo novo.
Não vou ligar se a
madrugada é fria,
Que um novo dia logo vai
chegar...
3. Se é noite escura,
acendo a minha tocha.
Dentro do peito, o Sol já
desabrocha.
Filho da luz, não vou dormir:
vigio.
Ao mundo frio vou levar o
Amor!
Orai sem cessar: “Eu te estabeleci como
sentinela para a Casa de Israel.” (Ez 33, 7)
Texto e poema de Antônio Carlos
Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
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