Eu o ressuscitarei! (Jo
6,35-40)
Estamos diante de uma promessa
formal de Jesus, que empenha sua palavra de Filho de Deus: “Todo aquele que vê
o Filho e acredita nele... Eu o ressuscitarei no último dia”.
Com os Apóstolos, o cristão crê na
ressurreição da carne. Após a morte, por ocasião da Segunda Vinda de Cristo,
Rei e Senhor, para completar a última etapa de sua glorificação, nossa alma
espiritual será revestida de um corpo glorificado. Cristãos não creem na
reencarnação. Sabem que só se vive uma vez (cf. Hb 9,27) e, de imediato, temos
nosso “juízo particular”, que define a nossa eternidade com (ou sem) Deus. E a
garantia de nossa ressurreição para Deus está ligada à fé em Cristo.
O “Catecismo” nos ensina: “Se é
verdade que Cristo nos ressuscitará ‘no último dia’, também é verdade que, de
certo modo, já ressuscitamos com Cristo. Pois, graças ao Espírito Santo, a vida
cristã é, já agora na terra, uma participação na morte e na ressurreição de
Cristo”. (1002.) Esta fé, apoiada na esperança, explica o notável amor que
sustenta nossos mártires diante de seus carrascos. Só a certeza da ressurreição
pode iluminar a nossa vida.
Reze comigo este Ato de Esperança:
Qual Lázaro nas sombras da caverna,
Entregue às larvas da putrefação,
Também os meus ouvidos ouvirão
A tua Voz chamando à vida eterna...
Qual Jeremias preso na cisterna,
Mergulhado em profunda solidão,
Também meus olhos logo enxergarão
A frouxa luz que vem de uma lucerna...
Este momento passa. E, passageiro,
Também eu passo em périplo ligeiro,
Nauta arrastado pela correnteza...
Se o vento é bravo e me fratura o mastro,
Contemplo o céu e vejo-te, meu Astro,
A conduzir-me ao porto da Beleza!
Orai sem cessar: “Na minha própria carne, verei a
Deus!” (Jó
19,26.)
Texto
e poema de Antônio Carlos Santini, da Com. Católica Nova Aliança
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