quinta-feira, 13 de outubro de 2016

PALAVRA DE VIDA

 A chave da ciência... (Lc 11,47-54)
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           Os primeiros cristãos não eram propriamente teólogos. Eles haviam experimentado um encontro com Jesus Cristo e transmitiram aos outros a sua experiência. As contestações e objeções que precisaram enfrentar é que deram origem à reflexão teológica.

            Quando a religião brotava diretamente da experiência vivida pelos apóstolos e, a seguir, testemunhada a seus ouvintes, tudo era bem mais fácil: rezar, partilhar a Palavra, celebrar os mistérios da fé, edificar a comunidade. As coisas começaram a complicar quando alguns se convenceram de que o conhecimento é que permitia o contato com Deus.
            Já no tempo de Jesus, ele teve ocasião de verberar os “doutores” de seu tempo, que também andavam complicando a relação do povo com o Senhor Yahweh: “Vós mesmos não entrastes, e ainda impedistes os que queriam entrar”. (Lc 11,52)
            Será verdade que nossa relação com o Senhor depende de cursos de teologia? Faz sentido essa ânsia de ir a encontros para “aprofundar” o conhecimento de Deus? Justifica-se a corrida a pregadores que a TV tornou famosos?
Santa Teresinha do Menino Jesus compara as escadas, que exigem esforço físico de quem sobe, e os elevadores, novidade daquela época. Ela escreve:
            “Eu também gostaria de encontrar um elevador para elevar-me até Jesus, pois sou pequena demais para subir a íngreme escada da perfeição. Procurei, então, na Sagrada Escritura, a indicação do elevador, objeto do meu desejo, e li estas palavras: ‘Quem for pequenino, venha cá; ao que falta entendimento, vou falar’. (Pr 9,4) Vim, então, adivinhando ter encontrado o que procurava e querendo saber, ó Deus, o que faríeis ao pequenino que respondesse ao vosso apelo. Continuei minhas pesquisas e eis o que achei: ‘Como a mãe acaricia seu filho, eu vos consolarei, vos levarei ao peito e vos acalentarei sobre meus joelhos’. (Is 12-13) Ah! Nunca palavras mais suaves, mais melodiosas, vieram alegrar minha alma. O elevador que deve elevar-me até o Céu são vossos braços, ó Jesus! Para isso, eu não preciso crescer, pelo contrário, preciso permanecer pequena, que o venha a ser sempre mais.” (Manuscrito C, 271)
            Em resumo: o amor vale mais que a ciência...
Orai sem cessar: “Nas tuas mãos está o meu destino...” (Sl 31,16)

Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.

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