Ele vos conduzirá à Verdade plena... (Jo 16,12-15)
É do Espírito Santo que Jesus está
falando: o “Espírito da Verdade”. Logo, o Espírito do próprio Jesus, que se
apresenta assim: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida”. (Jo 14,6.)
Lembram-se de Pilatos? Ele fez a
Jesus uma pergunta que seria de vital importância para sua história pessoal,
mas não esperou pela resposta: “Quid est veritas?” “O que é a verdade?”
(Jo 18,38.) Tal como Pilatos - o que lavou as mãos no sangue de Cristo - muita
gente deste século não crê mais em uma Verdade absoluta. Relativizam tudo:
“Cada um tem a sua verdade. Você tem a sua. Eu tenho a minha”.
A Igreja, porém, insiste na
responsabilidade objetiva do indivíduo sobre o aspecto moral de suas escolhas:
não há gesto neutro, nossas escolhas podem ser boas ou más. E mais: deve haver
coerência entre a fé que professamos e a vida que vivemos. Na Encíclica “O
Esplendor da Verdade”, o Papa João Paulo II anotava: “Os primeiros
cristãos, provindos quer do povo judaico quer dos gentios, diferenciavam-se dos
pagãos não somente pela sua fé e pela liturgia, mas também pelo testemunho da
própria conduta moral, inspirada na Nova Lei. De fato, a Igreja é, ao mesmo
tempo, comunhão de fé e de vida; a sua norma é a ‘a fé que atua pela caridade’
(Gl 5,6).” [Veritatis Splendor, 26.]
Iluminada pelo Espírito Santo, a
Igreja permanece fiel aos ensinamentos de Jesus Cristo e, por isso mesmo, ousa
bater de frente contra as modas e a filosofia de um mundo neopagão, que faz do
homem matéria-prima e mercadoria de consumo, a ponto de adotar como ideal uma
cultura de morte, onde o aborto legal, a eutanásia e a contracepção são
financiados pelo próprio Estado.
Aqueles que pregam a necessidade de
a Igreja “se modernizar”, ignoram que ela é portadora de uma verdade revelada
por Deus acerca do homem e acerca do próprio Deus. E exatamente por saber que o
Deus Criador é Pai e nós somos seus filhos (não meros macacos evoluídos!), a
Igreja continuará lutando a favor da vida, da liberdade e da dignidade do
homem.
Tenho procurado “viver no Espírito”?
Invoco o Espírito Santo no início de cada dia, ao começar cada tarefa? Conto
com a luz divina para educar os filhos, aconselhar os alunos, fazer minhas
escolhas pessoais e familiares?
Orai sem
cessar: “Enviai o
vosso Espírito e renovareis a face da terra!”
(Sl 104,30)
Texto de
Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
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