domingo, 16 de setembro de 2018

PALAVRA DE VIDA


Negue-se a si mesmo! (Mc 8, 27-35)
Resultado de imagem para (Mc 8, 27-35)        Não admira que tanta gente “estranhe” o Evangelho de Jesus Cristo! Negar a mim mesmo?! Nós somos todos pós-freudianos. Aprendemos que não se deve traumatizar as crianças com proibições. É proibido proibir! Os doutores nos disseram para não reprimir nossos instintos, nossas pulsões. Os sábios conselheiros garantem que nós temos o direito de ser felizes (o que, na prática, significa a liberdade irrestrita de fazer sempre o mais fácil, o mais cômodo, o mais “gostoso”, mesmo que isto venha a fazer alguém infeliz e sangre muitos corações...). E eles são “especialistas” em humanidade...
               No polo oposto, vem Jesus Cristo e declara: “Se alguém me quer seguir, negue-se a si mesmo...” É que Jesus sabe muito bem qual será o último passo de sua missão: a cruz do Calvário. E ninguém pode subir tão alto se conserva seus apegos, alimenta seus comodismos, sustenta seus interesses.
Com Jesus, subir é perder. Na hora da cruz, todo o corpo se revolta. Na prova da humilhação, o orgulho protesta. Na noite da solidão, a mente se revolta. E quem tinha iniciado o caminho movido apenas por um entusiasmo juvenil, logo desanima e protesta, arremessando ao solo a cruz insuportável...
               A não ser, é claro, que o seguidor de Jesus Cristo tenha previamente aceitado a negação de si mesmo. Tenha decidido abrir mão das aparentes seguranças humanas. Tenha optado por rejeitar o tentador apoio dos poderosos. Recusar as conveniências e as vantagens oferecidas pelo “sistema”. Abandonar-se inteiramente nas mãos de Deus. E tudo isto, claro, bate de frente com os “valores” do mundo pagão.
               S. Josemaría Escrivá, um santo de nossos dias, comenta com sua proverbial sabedoria: “Há no ambiente uma espécie de medo da Cruz, da Cruz do Senhor. Tudo porque começaram a chamar de cruzes a todas as coisas desagradáveis que acontecem na vida, e não sabem aceitá-las com sentido de filhos de Deus, com visão sobrenatural. Até tiraram as cruzes que nossos avós levantaram nos caminhos!”
               Ainda tenho medo da cruz? Minha religião ainda é um sistema para facilitar a minha vida? Continuo na pretensão de “usar” a Deus em meu benefício? Ou já me dispus a abraçar Jesus e, com ele, a cruz que me salva?

Orai sem cessar: “Confia ao Senhor a tua sorte. Espera nele e Ele agirá!” (Sl 37, 5)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.

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