domingo, 10 de julho de 2011

PALAVRA DE VIDA
Apregoai sobre os terraços! (Mt 10, 24-33)

É missão da Igreja apregoar, alto e bom som, o Evangelho de Jesus Cristo. Não sabemos se Jesus de Nazaré já adivinhava que sobre nossos telhados cresceria esta floresta de antenas de rádio e TV. Não sabemos se ele previa a multiplicação dos modernos meios de comunicação social, que interligam em rede todos os recantos do planeta.

Seja como for, o Mestre exortava seus discípulos: “O que vocês ouviram ao pé do ouvido, multiplicai-o de cima dos telhados!” Trata-se de uma missão amplificadora que não deve conhecer limites. Imprensa falada e escrita, cinema e teatro, música e dança, Internet e Twitter – tudo pode ser “meio” e canal para o anúncio da Boa Nova.

Não faz muito tempo, o saudoso Papa João Paulo II falava sobre os novos “areópagos” - fazendo alusão à praça de Atenas onde Paulo pregara (cf. At 17, 19) - ou áreas culturais que devem ser objeto da evangelização. “Existem muitos outros areópagos do mundo moderno, para os quais se deve orientar a atividade missionária dos povos. Por exemplo, o empenho pela paz, o desenvolvimento e a libertação dos povos, sobretudo das minorias; a promoção da mulher e da criança; a proteção da natureza, são outros tantos setores a ser iluminados pela luz do Evangelho.” (Redemptoris Missio, 37c.)

Obviamente, tais campos de ação constituem áreas preferenciais para o apostolado dos leigos, pois são espaços sociais geralmente fechados à presença e à ação dos padres e ministros ordenados. Por isso mesmo, os leigos não podem esgotar seu compromisso cristão no espaço interno das paróquias e instituições religiosas.

Após o Sínodo de 1988 – sobre a Vocação e Missão dos leigos na Igreja e no mundo -, o Papa escreveu: “Os fiéis leigos são pessoas que vivem a vida normal no mundo, estudam, trabalham, estabelecem relações amigáveis, sociais, profissionais, culturais etc. O Concílio considera essa sua condição não simplesmente como um dado exterior e ambiental, mas como uma realidade destinada a encontrar em Jesus Cristo a plenitude do seu significado”. (Christifideles Laici, 15.)

Mais recentemente, em sua Encíclica sobre a esperança cristã, o Papa Bento XVI escrevia: “Como cristãos, não basta perguntarmo-nos: como posso salvar a mim mesmo? Deveremos antes perguntar-nos: o que posso fazer a fim de que os outros sejam salvos e nasça também para eles a estrela da esperança?” (Spe Salvi, 48.)

Tenho utilizado os novos recursos da técnica para anunciar o Evangelho? Minha presença no mundo dá testemunho da Boa Nova? Quem me conhece sente o impulso de se aproximar de Jesus Cristo?

Orai sem cessar: “Eu te louvarei entre os povos, Senhor!” (Sl 57 [56], 10)

Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.

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