quarta-feira, 13 de julho de 2011

PALAVRA DE VIDA
...e as revelaste aos pequeninos... (Mt 11, 25-27)

Um vaso cheio já não pode receber mais água. A ciência pode “inchar”, como adverte São Paulo (cf. 1Cor 8, 1b). Quem se julga muito sábio arrisca-se a desprezar o que lhe parece muito simples ou incompatível com seus hábitos racionais. Já os “pequeninos” – um diminutivo que se aplica normalmente às crianças – mostram-se mais abertos à revelação dos mistérios de Deus.

Impossível, aqui, não recordar Santa Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face, com sua “pequena via”, seu caminho simples e humilde para a santidade. Quem leu
“História de Uma Alma”, seus preciosos manuscritos autobiográficos, certamente há de lembrar-se de suas palavras:

“Jesus sente prazer em mostrar-me o único caminho que leva para essa fornalha divina, e esse caminho é a entrega da criancinha que adormece sem receio no colo do pai... ‘Quem for criança, venha cá’ (Pr 9, 4), disse o Espírito pela boca de Salomão, e esse mesmo Espírito de Amor disse também que ‘a misericórdia é dada aos pequenos’. Em nome dele, o profeta Isaías revela que, no último dia, ‘o Senhor leva à pastagem o seu rebanho, com seu braço conserva-o reunido; traz no seu regaço os cordeirinhos, e tange cuidadosamente as ovelhas que aleitam.” (Man. B, 242.)

Quando a Igreja proclamou a Pequena Teresa como Doutora da Igreja, apenas se curvava diante de uma evidência: a grande sabedoria espiritual está na simplicidade da criança que se abandona e se deixa guiar pelo Espírito de Deus. A santidade não se confunde com heroísmos extraordinários. Antes, é feita de coisas ordinárias vividas com um amor extraordinário. Tanto que Teresinha nos ensinou: a maneira como apanhamos do chão um alfinete pode salvar almas...

Os soberbos e autossuficientes torcem o nariz para a Pequena Via. Preferem conquistar a santidade como um pódio de vencedores. Apostam no “crescimento espiritual”, buscam pelo “controle da mente”, pela aquisição de poderes e pela posse de dons extraordinários. Ao final da maratona, seriam conhecedores de uma Gnose – um conhecimento reservado a poucos – que lhes permitiria galgar o Olimpo e nivelar-se a Deus...

E Deus se alegra em dar de graça aos seus pequenos tudo aquilo que a mente humana jamais poderia alcançar. O abandono da teologia mística em nossos institutos de teologia revela o profundo desgosto dos “doutores” pelo “caminito” próprio dos “anawim”, os pobres de Deus.

Estou disposto a abandonar-me no colo de Deus?

Orai sem cessar: “Como uma criança no seio materno,

Assim está minha alma em mim mesmo.” (Sl 131 [130], 2)

Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.

Um comentário:

  1. P/ Odívio = Sempre (Mesmo)! Por Seu Anjo da Guarda! Sempre (Mesmo)! Ave, Viva, Salve! Sempre (Mesmo)! E, mais por ele! Sempre (Mesmo)! Em Nome de: DEUS (PAI ETERNO), do Sagrado Coração de Jesus, Divino Espírito Santo, Todos os Benditos Serafins, Querubins, Arcanjos e Anjos, Santos(as)! Assim Seja! Amém!

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