A primeira geração cristã estendeu o Evangelho muito além
da Palestina, por onde Jesus limitara sua missão. Não se trata de ser mais que
Jesus, mas, em comunhão com Ele, realizar uma tarefa que supera em muito a ação
individual de qualquer pessoa.
E eis Francisco Xavier cortando os mares até a Índia, o
Japão e a China. Eis Antônio de Pádua a ressuscitar 5 mortos. Eis Teresa de
Calcutá atendendo – um por um, um de cada vez – milhares de mendigos, enfermos
e leprosos. Hoje, suas numerosas seguidoras também fazem obras maiores do que
ela, multiplicando seu carisma, sua presença e sua ação por todo o planeta
sofredor...
Bem, Jesus não disse que qualquer um faria isto. Somente
aqueles que cressem... E o modelo de nossa fé pode ser encontrado na pessoa de
Maria de Nazaré, que acreditou no anúncio de Gabriel e mereceu o elogio de
Isabel: “Bem-aventurada és tu que creste, pois se hão de cumprir as coisas que
da parte do Senhor te foram ditas!” (Lc 1,45)
E foi por ter acreditado que Maria obteve de Jesus o
milagre inaugural, nas Bodas de Cana, com o vinho da alegria multiplicado além
de toda expectativa. Foi por sua fé que ela teve forças de permanecer de pé
junto à cruz. Foi pela fé que Maria acolheu como filhos toda a multidão dos
fiéis que ela gerava no Calvário. É pela fé que a Igreja, a exemplo de Maria,
continua gerando novos filhos para Deus.
Escorre a areia pela ampulheta. Somam-se os séculos. Caem
por terra os impérios e os exércitos viram pó. Mas a Igreja, sob o manto de
Maria, permanece firme em sua missão, sólida em seu combate, ancorada em sua
fé. E é na fé que a Igreja amplia, multiplica e projeta para o futuro – até que
venha o Cordeiro – os mesmos sinais que acompanharam Cristo nesta terra.
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