Virei novamente... (Jo 14,1-6)

Cremos? Ainda cremos? Depois de tantos séculos, de tantas idas-e-vindas da humanidade errante? Se não cremos, perdemos mais que a fé: perdemos a esperança.
E é a esperança aquela virtude-menina (Claudel) que não envelhece com o tempo. Muita gente já baixou os olhos do horizonte, desceu da muralha e foi dormir. Foi jogar na Bolsa. Foi acompanhar os jogos da arena. Foi fazer fortuna. Pois se o Senhor não vem (não virá...), a vida é só isto que se vê... Não há nada a esperar...
Entretanto, o precioso ensinamento do “Catecismo da Igreja Católica” discorda de todo esse amargo pessimismo pagão: “No dia do juízo, por ocasião do fim do mundo, Cristo virá na glória para realizar o triunfo definitivo do bem sobre o mal, os quais, como o trigo e o joio, terão crescido juntos ao longo da história. Ao vir no fim dos tempos para julgar os vivos e os mortos, Cristo glorioso revelará a disposição secreta dos corações e retribuirá a cada um segundo suas obras e segundo tiver acolhido ou rejeitado sua graça.” (Cf. 681-682)
O Apóstolo Paulo também discorda, em esplêndido ato de fé: “Porque o Senhor em pessoa, ao sinal dado, à voz do arcanjo e ao toque da trombeta de Deus, descerá do céu: então os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; em seguida nós, os vivos que tivermos ficado, seremos arrebatados com eles sobre as nuvens, ao encontro do Senhor, nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor.” (1Ts 4,16-17)
O antigo Salmista discordava igualmente: “Minha alma espera pelo Senhor, mais ansiosa que os vigias pela manhã. Mais do que os vigias que aguardam a manhã, espere Israel pelo Senhor...” (Sl 130,6-7)
E você? Ainda espera?
Orai sem cessar: “Maraná tá! Vem, Senhor Jesus!” (Ap 22,20)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
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