Eu vos aliviarei! (Mt 11,28-30)

Se
a vida pesa, se a existência nos sobrecarrega com seu fardo, o Salvador Jesus
assumiu nossa carne, nascendo de Mulher, exatamente para nos aliviar.
Lavando-nos em seu sangue, reatou a amizade rompida na origem. É nele, Jesus,
que fomos adotados pelo Pai. E seu terno amor não consegue ficar indiferente às
nossas misérias, a nossas quedas e enfermidades...
No
Evangelho de hoje, Jesus se dirige especialmente a você, que se sente cansado
da caminhada, onerado por um trabalho que oprime, incapaz de perseverar em sua
missão. Ele propõe uma troca: você lhe entrega o seu próprio fardo e assume o
fardo dele, que é suave.
Que
jugo é este, que parece leve a quem o abraça? É o jugo do amor. Com ele as mães
não desanimam da educação dos filhos, os pais perseveram no trabalho, os
médicos acolhem os enfermos, os pobres perdoam seus opressores.
O
contrário do amor não é necessariamente o ódio. Quase sempre, o oposto do amor
é o egoísmo: uma vida centrada em si mesmo, a busca de interesses pessoais, a
ênfase nas ofensas recebidas, a indiferença diante da dor alheia. Os santos não
são heróis, são apaixonados...
Sim,
o santo é ex-cêntrico: sai do próprio centro e se projeta na direção do outro,
buscando para ele a felicidade e a realização. Só assim se entende a pertinácia
de Dom Bosco, a dedicação de Madre Teresa de Calcutá, o desapego de Francisco
de Assis. O progresso do estudante, o sorriso do moribundo, o beijo do leproso
– aí está a recompensa desses três irmãos universais.
Jesus
foi o modelo de todos eles. Jesus abraça a cruz – que lhe dói como a qualquer
mortal – sabendo que aquele sofrimento permitia a salvação de toda a
humanidade. Sua Paixão e sua Morte tinham sentido. Ancoravam-se no amor.
Qual
a motivação de nossa vida? Por que motivo estamos na estrada? Seria por amor?
Orai sem cessar: “Por amor de meus irmãos e de meus amigos, pedirei a paz para ti.” (Sl 122,8)
Texto de Antônio Carlos Santini,
da Comunidade Católica Nova Aliança.
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