quinta-feira, 28 de agosto de 2014

PALAVRA DE VIDA

Não deixaria arrombar sua casa... (Mt 24,42-51)
            Qual o pai de família que ficaria inerte, indiferente, diante de alguém que tentasse arrombar a sua casa, bem ali onde moram a esposa e os filhos? Ora, a exortação de Jesus aponta para a necessidade de estar vigilante, pois existe um “ladrão” que ronda sem cessar, ameaçando a nossa casa. Em outra imagem, igualmente expressiva, São Pedro fala do “leão rugidor”, figura do demônio que procura a nossa perdição. E repete o mesmo imperativo: “Vigiai!”

            Se esse inimigo fosse um ser material, visível, certamente ficaríamos alerta para evitar sua invasão. Ocorre que ele se disfarça, dissimulado, agindo por meios de instrumentos e mediações secundárias. Só como exemplo, os programas da televisão pagã, produzidos e levados ao ar por pagãos, inteiramente inspirados em uma mentalidade pagã, invadem nossa casa todos os dias, com nosso consentimento e colaboração.
            Tais programas veiculam cenas de violência, onde o sangue corre em rios e a pessoa humana sofre todo tipo de abuso e violação. Cenas de sexo explícito em que o corpo humano é usado como grosseiro objeto de prazer. Cenas de zombaria e escárnio, como as chamadas “videocassetadas” e os programas de humor untuoso e pornofônico. Novelas que fazem a apologia do homossexualismo, do aborto, do divórcio, das aventuras extraconjugais. Tudo isso vomitado sobre nossos filhos indefesos, bem debaixo dos olhos dos pais e (ir)responsáveis.
            Será que Jesus Cristo aprovaria nossas atitudes? Será que estamos vigilantes para proteger nossa família das agressões do maligno? Ou, ao contrário, somos espectadores passivos dessa invasão do lar, desse assalto aos valores do Evangelho, dessa rapina contra as virtudes de nossas crianças desarmadas?
            Jesus se refere ao “servo fiel e prudente” – aquele educador atento que zela por seus educandos, aqueles pais dedicados que protegem seus filhos, aqueles governantes que recusam a adoção de uma legislação corrosiva -, servo que o próprio Senhor colocou à frente de “sua casa”. Este servo zeloso merecerá a aprovação de Deus. Já os servos infiéis merecerão uma terrível condenação (cf. Mt 24,50-51).
            E nós? Mereceremos a aprovação de nosso Deus?
Orai sem cessar: “Vós me escolhestes para ser rei de vosso povo
e juiz de vossos filhos e filhas.” (Sb 9,7)

Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.

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