Há momentos de nossa vida em que
todas as portas parecem fechadas. Buscamos em volta e não vemos saída para
nossos impasses e dificuldades. Ora, neste Evangelho Jesus nos garante que há
uma porta. E ela se abre a todo aquele que bate à porta.
No dia 11
de outubro de 2012, a Igreja inaugurava o “ANO DA FÉ”, que se estendeu até o
dia 24 de novembro de 2013. A Carta apostólica com que o Papa Bento XVI
anunciou a proclamação deste ano tem exatamente o título de “Porta Fidei” [a Porta da Fé]. Acompanhemos
com atenção a abertura deste Documento eclesial:
“A Porta da Fé (cf. At 14,27), que
introduz na vida de comunhão com Deus e permite a entrada na sua Igreja, está
sempre aberta para nós. É possível cruzar este limiar, quando a Palavra de Deus
é anunciada e o coração se deixa plasmar pela graça que transforma. Atravessar
esta porta implica embrenhar-se num caminho que dura a vida inteira. Este
caminho tem início no Batismo (cf. Rm 6,4), pelo qual podemos dirigir-nos a
Deus com o nome de Pai, e está concluído com a passagem através da morte para a
vida eterna, fruto da ressurreição do Senhor Jesus que, com o dom do Espírito
Santo, quis fazer participantes da sua própria glória quantos creem nele (cf.
Jo 4,8).” (PF, 1.)
Que temos aí? Uma porta de entrada,
um caminho existencial, um porto de chegada. Não uma errância caótica, sem
sentido, nas mãos de um destino indiferente que nos trata como marionetes, mas
uma experiência de filhos sob os olhos de um Pai atento e amoroso.
É por isso que Jesus Cristo, neste
Evangelho, nos anima a bater à porta, mesmo no meio da noite, na certeza de que
não mora um estranho nem um vizinho incomodado no interior da Casa. Lá dentro,
sempre vigilante, quem responde ao nosso chamado é o Deus que nos adotou como
filhos desde nosso batismo.
Muito mais do que pães ou peixes ao
visitante faminto, o Pai está pronto a conceder o Espírito Santo – o maior de
todos os dons – a todo aquele que lho pedir.
Como é que você pretende viver a sua
vida? No papel de um viajante anônimo ou na pessoa de um filho bem-amado?
Orai sem
cessar: “Basta
abrires a boca e te satisfarei!” (Sl 81,11)
Texto de
Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
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