quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

PALAVRA DE VIDA

 Por todo o mundo! (Mc 16,15-18)
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            O campo do Evangelho é a terra inteira! Ninguém está excluído do anúncio da salvação. Afinal, “Deus quer que todos os homens se salvem” (cf. 1Tm 2,4). E o próprio Jesus garantiu: “Quando eu for erguido, atrairei todos os homens a mim!” (Jo 12,32.) Nos últimos tempos, cresceu uma deriva teológica que nega este aspecto universal ou “católico” da missão da Igreja. Chegam a chamar de “genocídio cultural” o trabalho de evangelização realizado junto aos povos não-cristãos...

            Em sua brilhante Carta Encíclica “Redemptoris Missio” [A Missão do Redentor], o saudoso Papa João Paulo II escreveu: “As várias formas do mandato missionário contêm pontos em comum, mas também acentos próprios de cada evangelista; dois elementos, de fato, encontram-se em todas as versões. Antes de mais, a dimensão universal da tarefa conferida aos Apóstolos: ‘todas as nações’ (Mt 28,19); ‘pelo mundo inteiro, a toda criatura’ (Mc 16,15); ‘todos os povos’ (Lc 24,47); ‘até os confins do mundo’ (At 1,8). Em segundo lugar, a garantia, dada pelo Senhor, de que, nesta tarefa, não ficarão sozinhos, mas receberão a força e os meios para desenvolver a sua missão...” (RMi, 23.)
            Mais adiante, o Papa observava: “O Senhor Jesus enviou os seus Apóstolos a todas as pessoas, a todos os povos e a todos os lugares da terra. Nos Apóstolos, a Igreja recebeu uma missão universal, sem limites, referindo-se à salvação em toda a sua integridade, segundo a plenitude de vida que Cristo veio trazer (cf. Jo 10,10): ela foi ‘enviada para manifestar e comunicar a caridade de Deus e todos os homens e povos’”. (RMi, 31.)
            Se o anúncio do Evangelho de Jesus incomodar a sociedade indiana, onde as castas sociais fazem os homens desiguais, ou causar problemas para o governo chinês, devido à sua política demográfica de impor aos casais um único filho, não é o Evangelho que aponta para a direção errada. E o apelo evangélico a reformar estruturas sociais e econômicas injustas e desumanas não merece o rótulo de genocídio cultural, mas consiste, antes, em devolver ao homem sua dignidade perdida.
            Foi este o trabalho de Paulo, apóstolo das nações. Oportunamente, ou não, levou a mensagem de Jesus Cristo a todos os quadrantes, impelido pela caridade de Cristo (cf. 2Cor 5,14). Escrevendo aos fiéis da Galácia, o apóstolo lembrava que o batismo cristão anula as diferenças do mundo pagão: “Vós todos que fostes batizados em Cristo vos revestistes de Cristo. Não há mais judeu ou grego, escravo ou livre, homem ou mulher, pois todos vós sois um só, em Cristo Jesus”. (Gl 3,27-28)
Este é o exemplo a ser imitado. O mais é traição!

Orai sem cessar: “Anunciarei teu nome a meus irmãos!” (Hb 2,12)

Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.

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