sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

PALAVRA DE VIDA

 O homem não separe! (Mc 10,1-12)
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            Notável como Jesus não se preocupa em agradar, “fazer média”, “fazer mídia”! Não cede um milímetro para ser simpático. Em tudo e sempre, Jesus se refere ao desígnio de Deus sobre o homem. E esse desígnio liberta e dignifica o homem e a mulher. Celebrado o matrimônio, esposa e esposo tornam-se “uma só carne”. Podem rasgar. Separar, não podem...

            Vivemos – desde meados do Séc. XX – uma crescente epidemia de rupturas matrimoniais. Raríssimas as famílias que não sofreram seus efeitos! O Papa Francisco escreveu: “Animo todas as comunidades a uma capacidade sempre vigilante de estudar os sinais dos tempos. Trata-se duma responsabilidade grave, pois algumas realidades hodiernas, se não encontrarem boas soluções, podem desencadear processos de desumanização tais, que será difícil depois retroceder. É preciso esclarecer o que pode ser um fruto do Reino e também o que atenta contra o projeto de Deus. Isto implica não só reconhecer e interpretar as moções do espírito bom e do espírito mau, mas também – e aqui está o ponto decisivo – escolher as do espírito bom e rejeitar as do espírito mau”. (Evangelii Gaudium, 51)
            Francisco reflete sobre a realidade familiar: “A família atravessa uma crise cultural profunda, como todas as comunidades e vínculos sociais. No caso da família, a fragilidade dos vínculos reveste-se de especial gravidade, porque se trata da célula básica da sociedade, o espaço onde se aprende a conviver na diferença e a pertencer aos outros e onde os pais transmitem a fé aos seus filhos. O matrimônio tende a ser visto como mera forma de gratificação afetiva, que se pode constituir de qualquer maneira e modificar-se de acordo com a sensibilidade de cada um. Mas a contribuição indispensável do matrimônio à sociedade supera o nível da afetividade e o das necessidades ocasionais do casal. Como ensinam os bispos franceses, não provém ‘do sentimento amoroso, efêmero por definição, mas da profundidade do compromisso assumido pelos esposos que aceitam entrar numa união de vida total’”. (EG, 66)
            Assim, a Igreja sabe com clareza, à luz do Espírito Santo, que no campo da família se trava, hoje, a batalha decisiva para o futuro da humanidade. As forças de desagregação – em especial os “poderes” que pretendem fazer do homem mera engrenagem na máquina de produção e consumo – sabem que seus projetos fracassarão se a célula familiar permanecer viva.
Orai sem cessar: “Eu e minha casa serviremos ao Senhor!” (Js 24,15)

Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.

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