quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

PALAVRA DE VIDA

 Quem dizeis que eu sou?” (Mt 16,13-19)
Imagem relacionada            Ao longo da História, surgem variadas imagens de Jesus Cristo: um profeta do passado, um homem bom injustamente condenado, um reformador social, um guerrilheiro no Império Romano, um mestre de sabedoria, um “iluminado”... Nenhuma delas chega ao cerne de sua pessoa: o Filho de Deus que se encarnou, nascendo de Mulher, vítima de salvação para a humanidade.

            Suzanne de Diétrich [1891-1981] comenta:
            “Reconhecer em Jesus não mais um profeta, mas ‘o Filho de Deus’, só é permitido à fé. E esta fé só pode ser um dom de Deus. Não disse Jesus: ‘Ninguém conhece o Filho senão o Pai’? (Mt 11,27) E São Paulo declara: ‘Ninguém pode dizer Jesus é o Senhor se o Espírito Santo não o inspira’. (1Cor 12,3) Toda a Igreja apostólica reconhece que a divindade de Jesus Cristo é um mistério de fé, inacessível à simples sabedoria humana. No momento em que Simão confessa a sua fé, é o próprio Deus quem fala por sua boca; uma grande graça lhe é concedida e Jesus o proclama ‘feliz’.
            Jesus dá a Simão um nome novo: ‘kepha’, que significa ‘rocha’. Este nome contém uma promessa: Simão, o discípulo flutuante, impulsivo, será agora, pela graça de Deus, a ‘rocha’ sobre a qual Deus edificará a comunidade nova. Nós cremos que se trata, aqui, exatamente da pessoa de Pedro, e não somente de sua fé. Bem entendido, é na qualidade de confessor da fé que Pedro é chamado a desempenhar este papel.
            Ao lhe dar as chaves do Reino, Jesus permite a Pedro – e por ele, à sua Igreja – abrir este Reino àqueles que receberão sua palavra. Esta palavra tem o poder de desatar os homens dos elos do pecado e da morte.
            Jesus adverte seus discípulos para não dizerem a ninguém que Ele é o Cristo. Ainda não chegou a hora de revelar sua identidade; de uma parte, porque seu ministério não está acabado e a confissão pública de sua messianidade será sua sentença de morte; de outra parte, porque sua qualidade de Messias pode prestar-se a graves mal-entendidos.
            A sequência de sua conversa com os discípulos nos dará a prova disso. Eles ainda não compreenderam o mistério dos sofrimentos do Servo, nem no que diz respeito a seu Mestre, nem no que se refere a eles-mesmos.”
            Para muitos, Jesus Cristo continua um mistério insolúvel. Só a graça de Deus pode des-velar este mistério...
Orai sem cessar: “Ele estava carregando os pecados da multidão.” (Is 53,12)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.

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