sábado, 6 de maio de 2017

PALAVRA DE VIDA

Nunca terá sede! (Jo 6,30-35)
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            Jesus começa por lembrar os hebreus do passado, que caminharam errantes pelo deserto por 40 anos. Quando tiveram fome, foram alimentados pelo maná que Deus mandava do céu. Mas comeram e morreram. A seguir, Jesus se dirige aos hebreus de seu tempo (e também a nós!), fazendo uma preciosa promessa: “Aquele que vem a mim... quem crê em mim... não terá fome... não terá sede...”

            Li um livro memorável: “Deus em Questão” (Ed. Ultimato, Viçosa, MG, 2005). O Autor confronta dois ateus – o escritor irlandês C. S. Lewis e Sigmund Freud, o psiquiatra austríaco. O primeiro ateu foi agraciado com uma experiência de Deus que o curou das marcas do passado e mergulhou sua vida em uma imprevista alegria. O segundo, apesar de graves interrogações sobre Deus e sobre seu próprio ateísmo, mostrou-se empedernido e acabaria sua vida sem fé, sem amigos, sem paz. Sua sede interior jamais foi aplacada.
            Vejo na vida de C. S. Lewis o cumprimento cabal da promessa de Jesus: a sede do coração humano só pode ser saciada por Cristo! Após sua descoberta de Deus, os ressentimentos de Lewis foram superados, a depressão foi curada, sua capacidade de trabalho aumentou e ele veio a escrever suas principais obras. Antes deprimido e pessimista, Lewis descobriu a alegria de viver entre amigos e partilhar a mesma fé. A experiência do amor de Deus o levaria a amar o próximo. Conforme ele escreveu, “Deus reserva para nós a felicidade definitiva e a segurança que todos nós desejamos”.
            Em nossa sociedade, não há muita gente feliz. A sede do coração humano faz chorar e gemer nas madrugadas insones. Muitos tentam amenizar tal sede com drogas e prazer, álcool e trabalho, viagens e posses. Entre os medicamentos mais vendidos, estão os analgésicos e os ansiolíticos. Mas a sede é mais profunda. Brota do íntimo do ser. Nada deste mundo pode amenizar o seu ardor.
            Felizes daqueles que se voltam para Jesus Cristo e, num ato de fé, em suas mãos misericordiosas se abandonam! Nesses bem-aventurados cumpre-se a promessa do Senhor: “Se alguém tiver sede, venha a mim e beba. Quem crê em mim, do seu interior manarão rios de água viva.” (Jo 7,37-38)
            E nós? Já nos voltamos para a fonte de água viva? Ou ainda bebemos a água lodosa de poços envenenados?

Orai sem cessar: “Ó Deus, todas as minhas fontes se acham em ti!” (Sl 87,7)

Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.

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