Não prevalecerão! (Mt 16,13-19)

Natural que a
Igreja, continuando a missão de Jesus, viesse a enfrentar a mesma hostilidade.
Ele advertira: “No mundo tereis aflições. Coragem! Eu venci o mundo.” (Jo 16,
33.) Mas temos a promessa de Jesus que mantém firme nossa esperança. Ao
proclamar o primado de Pedro, Jesus diz: “E eu te digo que tu és Pedro e sobre
esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão
contra ela.” (Mt 16, 18.) Nos muros da cidade, a “porta” é importante elemento
nas guerras primitivas. Se ela resiste aos ataques do invasor, os defensores
estão seguros.
Ao
longo da História, a Igreja foi cercada de inimigos ferozes. Perseguida por
césares romanos e sultões orientais, seus fiéis foram caçados, exilados,
condenados aos campos de concentração. Muitos exércitos invadiram Roma. Todos
eles – tribos bárbaras, tropas napoleônicas, tanques nazistas – foram
aniquilados a seu tempo, e a Igreja de Cristo permanece de pé. Hoje, a
hostilidade dos inimigos mudou de tática. Mesmo sob os véus diáfanos da
democracia, da liberdade de culto e do pluralismo ideológico, a Igreja ainda é
o alvo preferencial do anticristo. Setas e obuses foram trocados por páginas de
revistas e telas de TV. Ali, uma enxurrada de calúnias e de meias-verdades
ainda visa à destruição do Corpo de Cristo, que é a Igreja.
Natal
de 2005, o locutor da TV Globo lê notícia sobre pesquisas terapêuticas com
células-tronco. Finda a nota, olha para a câmara e acrescenta breve comentário:
“A Igreja Católica não admite as pesquisas com células-tronco.” E o
telespectador iludido vê a Igreja como uma entidade conservadora, inimiga da
humanidade. Só que o comentário era falso. A Igreja se opõe ao uso de embriões
humanos para tais pesquisas, mas admite o uso de tecido umbilical e de outras
fontes. Mas o alvo já fora atingido...
Orai sem cessar: “Tuas
muralhas estão constantemente sob os meus olhos.” (Is 49, 16)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova
Aliança.
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