domingo, 20 de maio de 2018

PALAVRA DE VIDA


Recebei o Espírito Santo! (Jo 20,19-23)
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         Os discípulos estavam trancados. Dominados pelo medo. Estavam profundamente perturbados pelos acontecimentos recentes. Certamente alimentavam sentimentos de culpa por terem abandonado o Mestre à sua Paixão. Jesus aparece inesperadamente no meio dos discípulos, passando pelas portas fechadas e, soprando sobre eles, diz: “Recebei o Espírito Santo”.

               Para que “serve” o Espírito Santo? Qual a finalidade desse dom pós-pascal? Ora, “serve” para dissipar o medo, transformando covardes em mártires. Serve para serenar a agitação e trazer de volta a paz. Serve para diluir a culpa e reavivar a confiança na misericórdia do Senhor.
               Mas “serve” – e aqui está a “novidade” deste sopro sobre os Apóstolos! – para pôr nas mãos da Igreja uma notável “faculdade”, até então exclusiva do próprio Deus: o poder de perdoar pecados! (Cf. Mc 2,5-11.) Daí em diante, este poder é confiado aos homens, gerido e ministrado pela Igreja de Jesus.
               É importante notar que esta iniciativa não partiu dos homens: não são os Apóstolos que fazem tal pedido ao Senhor. Daí a impropriedade de quem afirma que a confissão dos pecados é uma “invenção dos padres”. Ao contrário, trata-se um dom maravilhoso de Deus, rico em misericórdia, que incumbe a Igreja de ser o canal da reconciliação divina junto aos pecadores.
               Desde os primeiros momentos, a Igreja nascente, cheia do Espírito Santo, passa a exercer este ministério. É o que se vê nas palavras de Tiago, em sua Carta: “Confessai os vossos pecados uns aos outros e rezai uns pelos outros, a fim de serdes curados”. (Tg 5,16.) Assim, não tem nenhum fundamento a atitude de quem diz que confessa seus pecados “diretamente a Deus”, quando o próprio Senhor quis a Igreja como mediadora de seu perdão.
               O “Catecismo” ensina: “Conferindo aos apóstolos seu próprio poder de perdoar os pecados, o Senhor também lhes dá a autoridade de reconciliar os pecadores com a Igreja. Esta dimensão eclesial de sua tarefa exprime-se principalmente na solene palavra de Cristo a Simão Pedro: ‘Eu te darei as chaves do Reino dos Céus, e o que ligares na terra será ligado nos céus, e o que desligares na terra será desligado nos céus’ (Mt 16,19)”. (Nº 1444.)
               Há quanto tempo não me aproximo da misericórdia divina, buscando o perdão de meus pecados no Sacramento da Confissão?
Orai sem cessar: “Confessarei minhas ofensas ao Senhor!” (Sl 32,5b)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.

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