terça-feira, 2 de outubro de 2018

PALAVRA DE VIDA


Seus anjos contemplam a face de meu Pai... (Mt 18,1-5.10)
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           A Sagrada Escritura está cheia de anjos. Mensageiros e servidores de Deus, eles visitam pessoas como Gedeão (Jz 6,11), Elias (1Rs 19,5.7), Maria de Nazaré (Lc 1,26); acompanham peregrinos em sua caminhada (Tobias 5,4), libertam prisioneiros (At 5,19; 12,7), lutam em favor do povo (Sl 34,7; Is 37,36) e combatem os demônios (Ap 12,7).

            Criaturas puramente espirituais, os anjos estão incluídos no Credo de Niceia e Constantinopla, onde afirmamos crer em um Deus Criador do céu e da terra, das coisas visíveis e “invisíveis” (visibilium et invisibilium). A presença dos anjos é uma constante na vida da Igreja: associados a eles, cantamos “Santo, Santo, Santo” no início de cada oração eucarística. A liturgia católica inclui celebrações especiais em memória dos anjos da guarda e dos arcanjos Miguel, Gabriel e Rafael.
            O Catecismo da Igreja Católica ensina: “Desde o início até a morte, a vida humana é cercada por sua proteção e por sua intercessão. Cada fiel é ladeado por um anjo como protetor e pastor para conduzi-lo à vida. Ainda aqui na terra, a vida cristã participa na fé da sociedade bem-aventurada dos anjos e dos homens, unidos em Deus”. (CIC, 336)
            No Evangelho de hoje, diante de homens sedentos por grandezas humanas, Jesus apresenta as crianças como modelo da “pequenez” necessária para a entrada no Reino de Deus. E ressalta que (v. 10) esses pequenos estão sob a guarda de anjos que contemplam a Deus. A lição é que o Senhor cuida de seus “pequenos”, aqueles que não têm onde se apoiar, a não ser no próprio Deus.
            Os grandes, os importantes aos olhos do mundo – seja por sua posição de mando, sua conta bancária ou por seu arsenal atômico – confiam apenas em seu poder pessoal e, por isso mesmo, julgam inútil algum tipo de dependência em relação a Deus.
            A criança é para nós o modelo – tão bem adotado por Santa Teresinha de Lisieux! – de uma vida frágil, mas apoiada em Deus, ainda incompleta, mas abandonada ao Pai celeste, sem recursos materiais, mas conduzida pelo Espírito Santo.
            Natural, um Deus que é Pai não deixaria de cuidar atentamente pelos pequeninos que nele confiam.
Orai sem cessar: “Meu refúgio, meu Deus em quem confio!” (Sl 91,2)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.

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