quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

PALAVRA DE VIDA


O rochedo eterno... (Is 26,1-6)
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              Para nós, o rochedo é o símbolo da solidez. Trata-se de algo sólido e firme, um fundamento sobre o qual podemos apoiar-nos com segurança. A imagem do rochedo se opõe ao terreno pantanoso, à areia lábil e movediça, exatamente o tipo de terreno onde não se deve construir (cf. Mt 7,26). Muitas vezes, a Sagrada Escritura fala de Deus como o nosso “rochedo”.

               Curiosamente, adotamos do hebraico uma palavra que usamos com frequência em nossas orações. Na verdade, respondemos com ela, ao final das preces, como quem confirma e faz uma aposta pessoal, comprometendo-se com tudo o que foi dito na oração. Trata-se da palavra AMÉM. E é uma pena que, para muita gente, dizer “amém” signifique conformismo, desânimo diante do inevitável.
               Este termo hebraico “aclimatou-se” em todos os idiomas, observa o Pe. Rey-Mermet. “Em sua raiz hebraica, AMÉM implica, acima de tudo, a ideia de firmeza, solidez, segurança. Dizer AMÉM é proclamar que se considera verdadeiro tudo o que acaba de ser dito, com vistas a ratificar uma proposição ou unir-se a uma prece. A palavra evoca um edifício de alicerces inabaláveis; melhor ainda, a imagem da rocha sobre a qual está construído.”
               No Livro do Apocalipse de São João, Jesus Cristo é apresentado pelo apóstolo como esse rochedo inabalável: “Assim fala o Amém, a Testemunha fiel e verdadeira...” (Ap 3,14) Na liturgia do rito moçárabe, a palavra AMÉM foi intercalada depois de cada suplica do Pai-Nosso, depois de cada artigo de fé do “Creio”. É que essa palavra hebraica está associada ao verbo “aman” (que significa crer). Por isso, dizer AMÉM equivale a dizer: “Isto merece fé! É isso aí! Falou!”
               A história da humanidade relata numerosos fracassos e sonhos que ruíram como pó. Quantos apostaram nos ideais nazistas e só colheram o ódio e a morte! Quantos viram o coletivismo soviético como saída para o homem e acabaram sufocados pelo mais desumano dos ateísmos! Sem caminhos e perspectivas, a juventude se abandona cada vez mais à droga e ao deboche. É nesse clima que as pessoas se perguntam: - Não haverá um rochedo que nos dê firmeza?
               Sim! Ele existe. É Jesus Cristo. E sabendo disso, tendo experimentado sua segurança em nossa vida, nós não temos o direito de silenciar, deixando toda uma geração atolada no pântano. Nossa missão é levar a todos até o Rochedo eterno, onde estaremos seguros e salvos!
Orai sem cessar: “O Senhor está a meu favor, não tenho medo de nada!” (Sl 118,6)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.

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