Eu sou o Caminho... (Jo 14,6-14)

Em sua busca, como às apalpadelas, nasceram mitos, teogonias, cultos religiosos. Livros sagrados, pirâmides e mausoléus são os indícios dessa incessante procura. Depois de escolher um povo de predileção, Deus falou a ele por meio dos profetas e patriarcas. Mas só na plenitude dos tempos, quando o Filho de Deus se fez carne, nascendo de Mulher e habitando entre nós, é que nos foi oferecido um caminho definitivo para chegar a Deus. Este Caminho é Jesus Cristo.
Caminho, ponte, canal – são imagens que apontam para a missão do Filho: pôr-nos em contato com o Pai, nossa fonte e nosso alvo. Sem nenhum mérito nosso, mas puro dom gracioso de um Deus que é amor, a presença do Filho entre nós representa o ponto máximo da revelação do Deus que se debruça sobre as criaturas e deseja adotá-las como filhos. Contemplar o Filho é conhecer o Pai (cf. Jo 14,9).
Depois disso, nós já não precisamos temer os espíritos do fogo e os demônios do vento; já não precisamos sacrificar nossos jovens para amansar divindades sangrentas; já não precisamos adivinhar enigmas reservados a uns poucos “iluminados”. Deus se encarnou e veio até nós em Jesus, e pudemos vê-lo, ouvi-lo e tocá-lo (cf. 1Jo 1,1-3). Nossas estradas foram palmilhadas por seus pés.
Que esperamos, pois, para caminhar POR Cristo, COM Cristo, EM Cristo, na direção do Pai? Caminhar com Cristo – e o primeiro nome da Igreja foi exatamente “caminho”! (Cf. At 2,47; 19,23.) resume-se a imitar o Filho em seu amor obediente ao Pai, acolhendo sua voz e cumprindo a missão por Ele proposta.
Seguir o Caminho é, simplesmente, pisar em suas pegadas. Amar como ele amou...
Orai sem cessar: “Escolhi o Caminho da verdade!” (Sl 119, 30)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
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