Uma só
carne... (Mt 19,3-12)
Ao contrário de outros grupos que se
dizem cristãos, a Igreja Católica leva muito a sério o Sacramento do
Matrimônio. Não aceita que seja reduzido a mero contrato no cartório ou a algum
pacto de solidariedade, que dure até que uma das partes envolvidas se declare
enfastiada...
A
Igreja sabe que não é “dona” dos sacramentos, mas apenas os administra em nome
de Deus. Já no tempo de Cristo, a “dureza de coração” impedia que se
considerasse o aspecto sagrado e indissolúvel do casamento. Levava a buscar
soluções mais fáceis, mais práticas, pragmáticas.
Para
a Igreja, a fidelidade no casamento é um sinal que os cônjuges oferecem ao
mundo: sinalizam que Deus permanece fiel a seu povo. A Aliança é para sempre. A
Igreja leva a sério o princípio de Cristo: “O que Deus uniu, o homem não
separe!” (Mt 19,6.)
Feitos
uma só carne, isto é, uma só natureza, os cônjuges terão toda uma vida para
construir esse incomparável “sinal da aliança”. Quarenta anos depois, poderão
viver o que escrevi para Isabel, minha esposa, em nossas “Bodas de
Esmeralda”:
Em quatro
décadas de casamento,
Eu não
tenho esmeraldas pro teu dedo;
Apenas
guardo em mim o teu segredo
Como aroma
de rosas pelo vento.
O tempo não
roubou o nosso alento,
Nossa
esperança não cedeu ao medo...
Nunca é
tarde pra amar – é sempre cedo
Pra
iluminar no Amor cada momento!
Prendo-te
as mãos – e não mudaram nada
Desde o
tempo em que eras namorada
Naquele
antigo banco do jardim...
Prendo-te
as mãos, e não vou mais soltá-las,
Pois – faz
quarenta anos – tu me falas
Que Deus
fez tuas mãos só para mim...
(Foyer de Charité, Mendes, RJ,
28/12/04)
Orai sem cessar: “Desposar-te-ei para sempre...” (Os 2,21)
Texto e poema de Antônio Carlos
Santini, da Com. Católica Nova Aliança.
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