sexta-feira, 6 de março de 2015

PALAVRA DE VIDA

 Hão de respeitar o meu filho... (Mt 21,33-43.45-46)
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Leda ilusão! A arriscada aposta feita pelo Pai teria um fim trágico! O proprietário da vinha (o Deus de Israel, claro!) fez de tudo para demonstrar seu amor. Cercou de cuidados o povo escolhido. Deu-lhe tempo: toda uma história. Esperava pelos frutos de seu rico investimento. No entanto, seus emissários, os profetas, foram mal recebidos, insultados, lapidados.
            Em uma atitude extrema de desesperado amor – realmente impensável para nossas categorias humanas - o “proprietário” envia seu próprio Filho (Jesus Cristo). “Hão de respeitar meu filho... Não é possível que cheguem ao extremo de recusar tal oferecimento!” Pois recusaram...
            Pois recusamos! Cada vez que preferimos o pecado, cada vez que preferimos a nós mesmos (nosso prazer, nossa sede de acumular, nossos projetos de vingança, nossos sonhos de poder...), estamos recusando mais uma vez o Filho dado, oferecido, abandonado em nossas mãos.
            Obviamente, o foco desta parábola não está na recusa dos vinhateiros indiferentes, mas na oferenda do Filho que o Pai nos entrega. Em seu anseio de nos salvar e nos convidar para o banquete celeste, é como se o Pai clamasse das nuvens celestes: “Vede a que ponto eu vos amei! Eu vos entreguei meu próprio Filho, para que todo aquele que o acolher não pereça, mas tenha uma eternidade no Amor sem limites!”
            Pobre Pai! Ele sempre renova sua aposta no amor humano: “Hão de respeitar meu Filho!” E seu Filho continua crucificado, cuspido, zombado. Como naquele tradicional colégio católico de Vitória, ES, mantido por uma congregação de religiosos, onde todos os crucifixos foram arrancados das salas de aula e jogados no latão de lixo - conforme testemunhou a senhora encarregada da limpeza - pois as salas seriam usadas para turmas de faculdade e a cruz iria incomodar alunos de outras religiões... Como naquela reunião ecumênica em Belo Horizonte, quando a pastora responsável pelo encontro exigiu do pároco que cobrisse o Crucificado com um pano, para não incomodar os “irmãos” de outras denominações...
            O Filho continua desprezado. É alvo das chacotas dos comunicadores de TV, das zombarias dos colunistas de jornal. Sofre contínuas agressões dos professores universitários, mesmo em universidades católicas. A Palavra do Filho é trocada pelos palpites do filósofo da moda, mesmo em celebrações de nossa Igreja.
            Hoje, o Pai, ainda apaixonado por sua vinha, se volta para cada um de nós e pergunta: “Você ama meu Filho?”

Orai sem cessar: “Amor com amor se paga.” (Santa Teresinha)

Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.

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