quinta-feira, 4 de maio de 2017

PALAVRA DE VIDA

 Serão todos instruídos por Deus... (Jo 6,44-51)
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            Deus é a fonte de toda sabedoria (Eclo 1,1). É Deus quem derrama sobre nós a luz da ciência (Eclo 24,44). O Espírito de Deus é definido pela Escritura Sagrada como o “educador das almas” (Sb 1,5). Foi ele quem falou pelos profetas – como rezamos no Credo de Niceia e Constantinopla – revelando-nos os desígnios de Deus e seus planos de amor para a humanidade inteira.

            O próprio Jesus disse aos discípulos que o conhecimento deles ainda era incompleto, mas o Espírito Santo viria para recordar-lhes tudo o que lhes ensinara (cf. Jo 14,26). Esse Mestre interior é que deu à Igreja, desde o início, a condição de levar adiante sua missão evangelizadora (cf. At 6,10; 9,31...).
            E como é delicada sua ação educadora em nossos corações! Cioso de nossa liberdade – dom recebido quando criados à imagem e semelhança de um Deus absolutamente livre! -, o Espírito Santo se disfarça em nossa própria consciência. Os pensamentos mais íntimos, as sugestões mais profundas, certos movimentos de nossa memória, nossa sensibilidade, nossa vontade – tudo manifesta a ação do Espírito de Deus em nossas vidas.
            E nos momentos de decisão, nas crises e tentações, tendo diante de nós as escolhas e opções capazes de definir nosso futuro eterno, aí “sopra” em nós de modo palpável o Espírito Santo. Conhecendo nossas fraquezas e as sequelas do pecado original, o Paráclito – advogado de defesa! - vem em nosso socorro, sugerindo (nunca impondo!) caminhos ao nosso livre arbítrio.
            Quem procura ser dócil às moções do Espírito, vai sendo iluminado pela Sabedoria eterna, e se torna, por sua vez, capaz de acompanhar o caminho de outros irmãos. É assim com os pais que buscam na Palavra de Deus princípios e critérios para a educação dos filhos. Ou com os dirigentes que buscam na mesma fonte as diretrizes para conduzir o povo que lhes foi confiado.
            O século XX teve o privilégio de testemunhar a notável ação do Espírito Santo na vida de homens e mulheres admiráveis: papas como João XXIII e João Paulo II; fundadores como São João Bosco e Madre Teresa de Calcutá; místicos como Charles de Foucauld e Marthe Robin; governantes como Konrad Adenauer e o Rei Balduíno, da Bélgica. Seus contemporâneos notavam neles uma “sabedoria” especial, que não brotava simplesmente da experiência humana, mas manifestava um “sopro do alto”.
            Depende de nós a aquisição desta sabedoria...
Orai sem cessar: “No segredo, me ensinas a sabedoria.” (Sl 51,8)

Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.

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