quarta-feira, 7 de junho de 2017

PALAVRA DE VIDA

 Ele não é Deus dos mortos! (Mc 12,18-27)
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            Hoje, vamos ouvir São Cirilo de Jerusalém [+387], em uma de suas “Catequeses Batismais”:

            “Toda alma que crê na ressurreição trata a si mesma com respeito. Quem não crê na ressurreição abusa de seu próprio corpo como o faria de um corpo estranho. A Santa Igreja nos ensina a fé na ressurreição dos mortos: artigo importante e muito necessário, combatido por muitos, mas estabelecido pela verdade. Os gregos o combatem, os samaritanos o negam, os heréticos o rasgam. A contradição tem muitos rostos, mas a verdade só tem um.
            Há cem ou duzentos anos, onde estávamos todos nós? Ignoras que foi a partir de coisas sem força, nem forma, nem diversidade que nós fomos gerados? Aquele que criou o que não existia, não ressuscitará o que morreu após ter existido?
            Dirijamo-nos, agora, aos escritos da Lei. Deus diz a Moisés: ‘Eu sou o Deus de Abraão, de Isaac e de Jacó’. (Ex 3,6.) Se Abraão estava morto, bem como Isaac e Jacó, então Deus é o Deus daqueles que não existem! Então, é preciso que Abraão, Isaac e Jacó ainda existam para que, nesta passagem, Deus seja o Deus de personagens existentes. É que ele não disse ‘eu era Deus deles’, mas ‘eu sou’.
            A vara de Aarão, quebrada, morta, pôs-se a florir sem mesmo experimentar a água (Nm 17). Esse bastão, por assim dizer, ressuscitou dos mortos e o próprio Aarão não ressuscitaria? Deus opera um milagre em um pedaço de pau, e não daria a ressurreição ao próprio Aarão?
            Para criar o homem, Deus mudou a poeira em carne; a carne não seria de novo restaurada em carne? De onde tiraram sua existência os céus, a terra e o mar? E o sol, a lua, as estrelas? Como os pássaros e os peixes foram extraídos das águas? Tantas miríades de criaturas foram transportadas do nada ao ser, e nós, os homens, criados à imagem de Deus, será que não ressuscitaremos?
            Muitos textos da Escritura testemunham a ressurreição dos mortos. Para lembrar, limitemo-nos a citar aqui a ressurreição de Lázaro, quatro dias após sua morte (Jo 11), ou ainda a ressurreição do filho da viúva de Naim (Lc 7,11ss), ou a filha do chefe da sinagoga (Lc 8,49ss). Acima de tudo mais, seja lembrado que Cristo ressuscitou dos mortos.”

Orai sem cessar: “Em minha própria carne, verei a Deus!” (Jó 19,26)

Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.

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