terça-feira, 1 de agosto de 2017

PALAVRA DE VIDA

Veio o inimigo... (Mt 13,36-43)
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            Com a onda iluminista e o culto à deusa Razão, anjos e demônios foram recolhidos à gaveta das superstições. Mas não é esta a lição de Jesus com a parábola do joio e do trigo, narrada neste Evangelho. É uma das imagens que o próprio Mestre traduziu para os discípulos perplexos, deixando claro que “o inimigo que semeou o joio é o diabo” (Mt 13,39a).

            Macário, o Grande [+390], o fundador de Ceta, no deserto, comenta a passagem: “Eu vos escrevo, irmãos bem-amados, para que saibais que, desde o dia em que Adão foi criado sobre a terra até a consumação dos séculos, o maligno fará guerra aos santos, sem se dar repouso. De fato, em consequência da transgressão da primeira criatura, ele habita neste corpo do qual fomos revestidos e mora em nós, entregando-se astuciosamente a suas astúcias e suas manobras.
            Revestidos da armadura celeste, é em Cristo que os cristãos combatem, como homem a homem, secretamente, no íntimo de suas almas. Entretanto, os homens que combatem entre si fazem a guerra em determinados momentos, e após esses combates cada um se concede o repouso e regressa a sua pátria, onde goza de tranquilidade e paz.
            Não é assim para aqueles que lutam contra Satã: é noite e dia que devem lutar. De fato, Satã habita ali, no corpo; ali permanece e se mantém bem perto da alma, a todo momento. Por causa dessa coabitação, aqueles que combatem estão na tribulação, e não há ninguém na terra para os reconfortar. Ademais, eles olham para o céu e ali depositam sua expectativa, a fim de receber alguma coisa em seu interior. E por esta força, graças à armadura do Espírito, eles vencerão.
            É do céu, efetivamente, que eles recebem uma força que permanece escondida aos olhos da carne. Desde que eles busquem a Deus de todo o seu coração, a força de Deus vem secretamente em sua ajuda a todo momento.
            Certo, eles são tentados por Satã devido à sua fraqueza, mas o Senhor não os abandona e não permite que sejam perpetuamente embaraçados, nem tentados em excesso. As paixões que neles suscita seu inimigo, ensinam-nos a aproximar-se de Deus, o Salvador do mundo. E assim, revestidos do escudo do Espírito, eles se tornam vitoriosos”.

Orai sem cessar: “O Senhor é meu escudo e baluarte.” (Sl 18,3)

Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.

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