domingo, 9 de setembro de 2018

PALAVRA DE VIDA


 Ele fez tudo bem! (Mc 7,31-37)
Resultado de imagem para (Mc 7,31-37)     Eis um belo elogio para Jesus Cristo, resumindo sua presença entre os homens. No livro dos Atos dos Apóstolos, São Lucas registra o discurso do apóstolo Pedro na casa do centurião Cornélio. Falando de Jesus, Pedro testemunha: “Ele passou por toda parte como benfeitor, curava todos que o diabo mantinha escravizados, pois Deus estava com ele.” (At 10,38) Uma outra tradução diz: “Ele passou a vida fazendo o bem...”
               Curar um surdo-mudo (como neste Evangelho), devolver a visão aos cegos, limpar o leproso de seu mal, perdoar os pecados e regenerar o pecador – aqui estão alguns sinais da irradiação do BEM na vida de Jesus. Sem dúvida, muito mais que seus belos discursos ou mesmo as evidentes demonstrações de poder sobre-humano, era essa “bondade” de Jesus que atraía as pessoas. O Espírito Santo que repousava sobre Jesus (Lc 4,18) se manifestava em frutos palpáveis, como a ternura pelas crianças, a compaixão pela viúva, a paciência com os discípulos, a fortaleza na hora da cruz.
               Aqui, temos critérios para avaliar nossa vida cristã. Quem convive conosco percebe em nós essa irradiação do Espírito Santo sob a forma daquilo que o São Paulo chama de “frutos do Espírito”? Na Carta aos Gálatas (5,22-23), o Apóstolo faz uma breve relação desses frutos, que se manifestam não sob a forma de poder, mas de virtudes: caridade e alegria, paz e paciência, afabilidade e bondade, fidelidade, brandura e temperança.
               Prontamente vêm à nossa lembrança os vultos de Francisco de Assis e de Vicente de Paulo, de Madre Teresa de Calcutá e de João Paulo II, cuja vida foi inteiramente dedicada ao próximo. Mas surgem também as imagens inesquecíveis de uma avó já falecida, de uma catequista que modelou nossa fé infantil, de uma professora que foi nossa primeira namorada. Nelas, também, estavam vivas a delicadeza e a paciência. Delas sempre brotava uma boa palavra. Nelas sempre tínhamos um colo macio e braços acolhedores.
               Pode ser que nunca pensamos nessas pessoas como santos. Nesse tipo de gente, a santidade é tão “natural” que parece apenas um jeitinho de ser. No entanto, só Deus sabe quantos combates enfrentaram, na família e no trabalho, para serem permeáveis ao Espírito de Deus, o mesmo que corria de Jesus como um rio de água viva...
               Quando começaremos a fazer o bem?

Orai sem cessar:O desejo dos justos é unicamente o bem.” (Pr 11,23)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.

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