sábado, 22 de dezembro de 2018

PALAVRA DE VIDA


 Conforme prometera... (Lc 1,46-56)
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              Em seu cântico de louvor e ação de graças – o “Magnificat” – a Virgem Maria realça a fidelidade de Deus manifestada pontualmente na história dos homens: o Menino que ia nascer, e que já começava a ser formado em seu ventre imaculado, o primeiro sacrário da História, realizava o cumprimento das antigas promessas do Senhor a seu povo, desde Gênesis 3, passando pelos patriarcas e pelos profetas.

               A promessa de enviar um “descendente” da Mulher (cf. Gn 3,15) que pisaria a cabeça da serpente. A promessa de conceder uma “descendência” a Davi (cf. 2Sm 7,12). A promessa de um filho-Deus conosco, isto é, enxertado na carne dos humanos (cf. Is 7,14). A promessa de um poderoso Governante para Israel, que nasceria na humilde e pequena Bet-lehem Efrata (cf. Mq 5,1ss).
               Com a Nova Aliança, desde a o momento da Anunciação, saltamos do tempo das promessas para seu cumprimento na “plenitude dos tempos”. Tudo o que foi dito e prometido aos patriarcas e profetas, tudo o que foi tipificado em Abel (o inocente sacrificado), em Isaac (o filho como oferenda), em José (o irmão entregue por moedas), no Servo sofredor de Isaías (cujas chagas nos salvam) – tudo isto se cumpre na Pessoa de Jesus, o Filho de Deus, o Filho de Maria.
               Referindo-se ao precioso dom do Espírito Santo, que Deus prometera desde a Primeira Aliança, promessa que Jesus renovara mais de uma vez, o Apóstolo Pedro afirma em seu primeiro sermão logo após Pentecostes: “Pois a promessa é para vós, para os vossos filhos e para todos os que ouvirem de longe o apelo do Senhor, nosso Deus.” (At 2,39.)
               Desde a manhã de Pentecostes, os apóstolos sabiam que eram testemunhas da fidelidade de Deus, do cumprimento das antigas promessas. Foram capazes, então, de reler o Antigo Testamento à luz dos fatos novos que estavam vivendo, conforme no-lo demonstra a leitura alegórica dos Padres da Igreja que chegou até nós.
               Ao entoar o seu “Magnificat”, a Virgem Maria é a Filha de Sião que guardara no coração as antigas promessas. Em outros termos, Maria resume em sua pessoa todo o povo de Israel, a quem Deus fizera as promessas de salvação a serem cumpridas nos tempos do Messias.
               Em nossa vida, temos assumido as promessas de Deus para seu povo? Nossa vida permite que Deus cumpra suas promessas de salvação?

Orai sem cessar: “Cantarei eternamente as bondades do Senhor!” (Sl 89,2)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.

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