quarta-feira, 31 de maio de 2017

PALAVRA DE VIDA

 Conforme prometera a nossos pais... (Lc 1,39-56)
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            Na festa da Visitação de Nossa Senhora, Mãe de Jesus, a Isabel, mãe de João Batista, a liturgia nos põe em contato com o mesmo Evangelho do 4º Domingo do Advento (ano C). Os católicos do Oriente chamam esta festa de “aspasmós”, a “saudação”, aproveitando a frase de Isabel, no sexto mês da gravidez: “Tão logo a voz de tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança estremeceu de alegria no meu ventre”.

            Esta cena está situada como uma dobradiça entre as duas alianças: de um lado Isabel, que representa a Antiga Aliança enquanto portadora de João Batista, o último dos profetas; do outro, Maria de Nazaré, anunciando a Nova Aliança como portadora de Jesus, o Messias prometido.
            De um lado, séculos de promessas feitas aos patriarcas (“nossos pais”) e ressoadas na voz dos profetas, como Isaías que olha além do horizonte e vê a Virgem que dá à luz o Emanuel. Do outro lado, o cumprimento das promessas realçado por Maria em seu “Magnificat”: “[O Senhor] acolheu Israel, seu servidor, lembrando-se de sua misericórdia, conforme prometera a nossos pais, em favor de Abraão e de sua descendência, para sempre”.
            Em Isabel, concentra-se a prolongada expectativa de Abraão, Isaac e Israel/Jacó. Não admira que João, ainda na vida pré-natal (atenção para o duplo sentido de pré-Natal!), estremeça de alegria ao perceber a aproximação daquele a quem deveria anunciar.
            Ora, esta festa vem abrir nossos olhos e agitar nosso coração, como se dissesse: - “Atenção! Deus cumpre suas promessas! Deus sempre nos visitará! Às vezes demora, passam gerações, mas a promessa não falha!”
            André Louf comenta: “Quando Jesus, através da Igreja, através de Maria, nos visita hoje em dia e repercute em nós, é ainda ele que estremece em nosso coração, onde ele já está escondido. Estremecimento de alegria no mais íntimo de nós mesmos, velado aos olhos dos outros, mas que nos ensina que Jesus está em nós com toda a evidência, e que só respiramos nele e em seu Santo Espírito”.
            O Senhor nos visita todos os dias. Sua voz nos chega de variadas fontes, desde o silêncio das noites consteladas até o ruído opressivo das metrópoles. Debaixo de cada lâmpada acesa, em cada cruzamento das ruas, em cada gemido dos hospitais, há uma permanente saudação do Cristo que nos visita.
Orai sem cessar: “Visita-me, Senhor, com teu auxílio salvador!” (Sl 106,4)

Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.

terça-feira, 30 de maio de 2017

PALAVRA DE VIDA

 Glorifica teu Filho! (Jo 17,1-11a)
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           Jesus, nesta mesma mesa, acaba de lavar os pés dos discípulos (cf. Jo 13), na mais extrema mostra de humildade daquele que “veio para servir”. Um gesto tão inusitado, tão inesperado, que o primeiro impulso de Simão é o de recusá-lo. Agora, em oração ao Pai, o mesmo Jesus pede para ser glorificado. Veríamos aqui uma contradição?

            Do modo algum! É que, entre nós, a palavra “glória” é um termo bastante ambíguo e pode levar-nos a pensar no fausto dos imperadores, nos louros do atleta olímpico, nos aplausos do artista consagrado. E não é disso que Jesus está falando...
            Como comenta Dom Claude Rault, Bispo do Saara argelino, a “glória” de Jesus consiste apenas em ser reconhecido como o Filho do Pai. Se o mundo o reconhecer como Filho, Deus será logo reconhecido como Pai, abrindo um luminoso caminho de salvação à multidão dos filhos que talvez ainda o desconheçam.
            “A ‘glória de Deus’ é Deus ser acolhido por aquilo que ele é: o ‘Abbá’, Pai de Jesus, o ‘Abbá’ da humanidade inteira. A glória de Deus é o próprio Deus presente no coração de toda pessoa humana reconhecida como seu filho, a começar pelos mais abandonados e pequeninos. A glória de Deus é o homem e a mulher reconhecidos por aquilo que eles são: crianças de Deus. ‘A glória de Deus é o homem vivo, e a vida do homem é a visão de Deus’ – dizia Santo Irineu.
            A glória de Deus é a humanidade respeitada em cada um de seus membros, é a dignidade humana reconhecida em toda pessoa, seja ela quem for. É a face de Deus reconhecida em cada um de seus filhos.
            É isto que Jesus pede através de sua oração: que conhecendo-o por aquilo que ele é, nós conheçamos o Pai; e conhecendo o Pai, conheçamos nossa vocação comum: a de sermos contados entre seus filhos.”
            Parece pouco, talvez, mas as consequências vão além de toda medida humana. É em mim, na minha vida, que a glória de Deus deve ser manifesta. Meus atos, minhas palavras, minhas opções – se realizados em uma estatura filial – contribuem para que Deus seja glorificado. Se minha vida se desenrola em clima de orfandade pagã, isto não acontecerá.
            Ser cristão é viver como filho...
Orai sem cessar: “Pai nosso!”

Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.

segunda-feira, 29 de maio de 2017

PALAVRA DE VIDA

 Eu venci o mundo! (Jo 16,29-33)
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           Por um lado, os discípulos manifestam arroubos de entusiasmo, ao afirmarem que “agora, sim” acreditam na divindade de Jesus. Por outro lado, o Mestre contrapõe que em breve tempo eles fugirão e o deixarão sozinho, acompanhado apenas pelo Pai. Mas Jesus sabe que é necessário animar seus frágeis seguidores. Daí, as palavras de estímulo: “Coragem! Eu venci o mundo!”

            Não é preciso muita criatividade para imaginar a cara de decepção desses mesmos discípulos quando, logo a seguir, Jesus se deixa prender, torturar e crucificar. Afinal, onde estava a decantada vitória sobre o mundo? Se eles tinham esperado por um sucesso pronto, total, acabado, enganaram-se por completo. Ainda que o grão de trigo já traga em seu íntimo toda a colheita, era preciso morrer primeiro...
            E este é o ensinamento do Concílio Vaticano II, no Decreto Presbyterorum Ordinis (sobre o ministério e a vida dos sacerdotes): “Aliás, o Senhor Jesus, que disse: Tende confiança, eu venci o mundo, não prometeu por essas palavras à sua Igreja uma vitória total no mundo. De fato o Sacrossanto Sínodo alegra-se de que a terra coberta com a semente do Evangelho agora frutifique em muitos lugares sob o sopro do Espírito do Senhor, que enche o orbe terrestre [...]”. (PO, 22.)
            Isto pode explicar que, ainda hoje, em muitos lugares, o príncipe deste mundo esteja recebendo honras indevidas: alguém esperou por milagres e economizou trabalho... O Espírito de Deus não encontrou pés para caminhar, vozes para falar, mãos para agir. O Evangelho encontrou as portas fechadas porque alguém não quis suar a camisa. E a vitória de Cristo sobre o mundo permanece incompleta!
            Um dos riscos que sempre ameaçaram a Igreja é o perigo do triunfalismo. Comemorar vitórias e hastear bandeiras antes da hora. E ignorar que estaremos em combate até a Vinda do Senhor, quando afinal o último inimigo será vencido (1Cor 15,26) e Deus “enxugará toda lágrima” de nossos olhos. (Cf. Ap 21,4.)
            Sou um guerreiro do Evangelho? Ou estou soltando foguetes antes da hora?

Orai sem cessar: “O Senhor é a força de seu povo!” (Sl 28,8)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança

domingo, 28 de maio de 2017

PALAVRA DE VIDA

 Eu estou convosco... (Mt 28,16-20)
Resultado de imagem para (Mt 28,16-20)            O episódio narrado neste Evangelho é a Ascensão de Jesus Cristo que, completada a sua missão terrena, regressa ao Pai, de Quem viera para oferecer a salvação a toda a humanidade. O cenário é uma “alta montanha”, retomando a imagem dos lugares altos como o espaço privilegiado do encontro com Deus. As outras personagens da cena são os Onze apóstolos, ainda fragmentados entre exultação e dúvida, misturando esperanças e incertezas.

            E se as dúvidas permanecem mesmo diante do Cristo ressuscitado, elas vêm comprovar que até para os discípulos a Ressurreição de Jesus superava de longe toda a imaginação daqueles pobres seguidores do Mestre. De fato, o homem natural não oferece qualquer apoio para a fé no Ressuscitado. Só após a iluminação da manhã de Pentecostes esta barreira seria superada na força do Espírito Santo.
            Como apoio e consolo, os apóstolos ouvem uma nova e inesperada promessa de Jesus Cristo: “Eis que estou convosco todos os dias até o fim do mundo”, isto é, até a vinda definitiva do Reino de Deus. Como diz Hébert Roux, “todas as ordens dadas pelo Senhor têm em vista este fim. Para todo discípulo, trata-se de perseverar até o fim (cf. Mt 24,14; Hb 3,6). Ora, entre sua primeira e sua segunda vinda, Cristo não deixa órfãos os seus discípulos (cf. Jo 14,18ss). Aquele que era e que vem, é Aquele que é! (Ap 1,4.8; 4,8)”.
            O nome do Salvador, na profecia de Isaías (7,14) é Emanuel, um “Deus-conosco”, que não saberia ausentar-se do cotidiano de sua Igreja, recolhido à olímpica eternidade e indiferente à engrenagem dos séculos, ali onde os homens trabalham e suam, amassando o pão de cada dia, o mesmo pão a ser consagrado em cada altar, fruto da terra e do trabalho dos homens.
            Em sua Ascensão ao Pai, a impressão do adeus cede lugar à certeza da presença. Aquela aparente separação dos sentidos é infinitamente superada pela certeza da fé. Sem a experiência dessa presença de Jesus Cristo, os mártires não teriam sacrificado suas vidas, atestando com sangue o Evangelho das palavras; os confessores não teriam consagrado suas forças ao anúncio da Boa Nova, num outro tipo de martírio vivido a conta-gotas; e os missionários não teriam atravessado mares e oceanos para cumprir o mandato: “Ide e ensinai a todas as nações!”
            O dia da Ascensão é convite a viver a Presença de Cristo no meio de nós.
Orai sem cessar: “Os retos habitarão na tua presença, Senhor!” (Sl 140,13)

Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.

sábado, 27 de maio de 2017

PALAVRA DE VIDA

 O próprio Pai vos ama... (Jo 16,23b-28)
Resultado de imagem para (Jo 16,23b-28)           Sim, Deus tem por todos nós um amor incondicional. Deus não nos ama porque nós somos bons, mas porque ELE é bom. Nem ele esperou que nós o amássemos, pois, como diz S. João em uma de suas Cartas, “Deus nos amou primeiro”. (1Jo 4,19.)

            No entanto, no Evangelho de hoje, Jesus nos apresenta uma “razão” para o Pai ter por nós um amor de predileção: “É o próprio Pai que vos ama, por vós me terdes amado e haverdes acreditado que Eu vim de junto de Deus”. O discípulo convive com Jesus, chega a amá-lo e, por isso, desperta ainda mais o amor do Pai.
            Claro que o Pai já nos amava bem antes. Afinal, Deus ama tudo o que ele criou, mesmo os filhos rebeldes, conforme ficou explícito na parábola do filho pródigo, ou melhor, do “Pai amoroso” (cf. Lc 15,11ss.). Entre o Artista e as obras por ele criadas há um amor de “paternidade”. Mesmo aqueles que pintam para vender suas telas, experimentam um certo sentimento de perda ao se desfazerem delas. E nós não somos telas pintadas: somos criaturas vocacionadas à filiação!
            Decerto, há uma gradação no amor de Deus por suas criaturas: não amaria no mesmo grau uma rocha, um colibri e um bebê. Este último é dotado de uma alma imortal (exclusiva dos humanos), “capaz de Deus”, e veio à vida como alguém chamado à amizade e à comunhão com Deus em um patamar que está fora do alcance dos seres irracionais. Esta descoberta ajuda a entender que o Filho de Deus tenha morrido por nós, para a nossa salvação.
            O amor e a fé andam juntos. Quem ama, aposta sua vida no amado. Aliás, como se lê no título de um livro do teólogo suíço Hans von Balthasar, “só quem ama merece nossa fé, nossa confiança”. A criança confia nos pais quando se sente amada por eles. Na tradução de von Balthasar, S. João diz: “Re-conhecemos o amor de Deus por nós e, então, pudemos crer”. (1Jo 4,16.)
            Nossos atos de fé – em especial aqueles que se manifestam por nossas escolhas, nosso abandono à missão apresentada por Deus – “estimulam” o amor de Deus por nós. É isso que os mestres espirituais tentam dizer quando afirmam: “Deus não se deixa vencer em generosidade!” Amor pede amor. Amor puxa pelo amor.
            Que posso fazer para mostrar ao Pai que eu amo a Jesus?
Orai sem cessar: “Só em Deus repousa a minha alma.” (Sl 62,2)

Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.

sexta-feira, 26 de maio de 2017

PALAVRA DE VIDA

 Depois que a criança nasceu... (Jo 16,20-23a)
Resultado de imagem para (Jo 16,20-23a)        Estamos mergulhados no tempo. Nós somos atores em plena História. Por isso mesmo, uma perspectiva histórica é indispensável para bem avaliar nossa existência.

            As crianças – imaturas que são – ainda não possuem esta perspectiva. Se elas querem uma bala, agora, mesmo que faltem dez minutos para o almoço, é “agora” que elas querem a bala. Em vão os pais se esforçam por levar o pequeno a resignar-se a um tempo de espera, antes que o momento do doce seja mais conveniente.
            Bem, há imaturos também entre adultos... Muitos marmanjos consideram apenas as injunções do instante para tomar suas decisões, ainda que um segundo de ira ou dois minutos de prazer venham a comprometer todo o seu futuro.
            No Evangelho de hoje, Jesus faz o contraponto entre o momento presente, de pranto e lamento, e o futuro de alegria. Para tanto, ele se vale da imagem da parturiente: na hora do parto, todo o seu corpo se revolve na dor e na angústia; pouco depois, tendo já nos braços o recém-nascido, a alegria presente praticamente apaga a dor e a ansiedade do passado. A vida nova justifica tudo o que passou...
            A vida nova! É este o alvo do seguidor de Cristo! No momento atual, imerso no tempo tecido de encontros e desencontros, de promessas e traições, de suores e lágrimas, o cristão sofre. Esta é a nossa condição. Mas estamos em trabalhos de parto. Nós e o Cosmo!
O apóstolo Paulo se refere a esta realidade: “Sabemos que toda a criação, até o presente, está gemendo como que em dores de parto, e não somente ela, mas também nós, que temos as primícias do Espírito, gememos em nosso íntimo, esperando a condição filial, a redenção de nosso corpo. Pois é na esperança que fomos salvos”. (Rm 8,22)
            Diferente do pagão, para quem nada existe após a morte, o cristão sabe que as realidades deste século (imagem do tempo!) são provisórias, parciais, mesmo que nos forneçam o material para a construção do novo Reino. Esta percepção do efêmero, da transitoriedade deste mundo, permite ao cristão estender os olhos além da morte e esperar – contra toda esperança – pela alegria definitiva. “E ninguém poderá tirar a vossa alegria.” (Jo 16,22b)
Orai sem cessar: “Se de tarde vem o pranto, de manhã vem a alegria!” (Sl 30,6)

Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.

quinta-feira, 25 de maio de 2017

PALAVRA DE VIDA

 Vossa tristeza se mudará em alegria... (Jo 16,16-20)
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            Deste mundo para o outro mundo, realiza-se uma inversão de sinais. Os valores deste mundo nada valem no Reino de Deus: ouro, prata, ações da Bolsa de Valores – tudo vira pó. Glória, fama, poder – nada disso abre as portas do Paraíso. Prazeres, sucesso, impérios econômicos: a eternidade ri dessas efêmeras construções. Só o Amor vai perdurar...

            Por isso mesmo, os pobres são bem-aventurados, diz Jesus. Os que choram serão consolados. Os tristes se alegrarão. Isto pode ser difícil de entender, como foi para aquele menininho que reclamou da mãe: “Como é ruim ser bom!” E temos de ser compreensivos com essa criança: ser bom pode parecer ruim... Não se vingar. Não dar o troco. Não aproveitar oportunidades de enriquecer por vias escusas. Não explorar o próximo. Não usar as pessoas conforme nossas conveniências. É ruim, hein?
            Partilhar em vez de acumular. Perdoar em vez de condenar. Comer menos para que os outros não passem fome. Economizar água para que ela chegue também aos pobres no alto da favela. Juntar nossa voz à voz dos que não sabem falar, ainda que nossos interesses pessoais não estejam em jogo. É de chorar! Sim, é de chorar, mas é chorando agora que nos alegraremos depois, quando chegar a hora de mergulhar no eterno.
            Ainda que Jesus tenha dito aquela frase como referência direta à Paixão e à Ressurreição – os discípulos chorariam com sua morte, mas haviam de se alegrar quando o Senhor ressuscitasse! -, ela se aplica com perfeição ao conjunto da existência humana. Por ora, nesta “passagem” pelo tempo, a vida cristã em um mundo pagão pode ser ocasião de renúncias, sofrimentos e perseguições. Mas, passado o “parto” (cf. Jo 16,21), isto é, quando nascermos para a vida eterna, veremos que o sacrifício valeu a pena, pois nos abriu para uma vida que a morte já não pode tocar...
            Hoje, o mundo gargalha, dança e ri. Amanhã, choro e ranger de dentes (Mt 25,30b). Hoje, pode ser que a fidelidade a Deus nos deixe “gemendo e chorando neste vale de lágrimas”, mas a aurora do novo dia nos encontrará imersos na alegria eterna do Cordeiro, vencedor da morte e do pecado.
            Estou dançando conforme a música do mundo pagão? Ou procuro ser fiel a Deus, respondendo com amor ao seu Amor infinito?
Orai sem cessar: “Quem semeia entre lágrimas, colherá com alegria.” (Sl 126,5)

Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.

quarta-feira, 24 de maio de 2017

PALAVRA DE VIDA

 Ele vos conduzirá à Verdade plena... (Jo 16,12-15)
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            Lembram-se de Pilatos? Ele fez a Jesus uma pergunta que seria de vital importância para sua história pessoal, mas não esperou pela resposta: “Quid est veritas?” “O que é a verdade?” (Jo 18,38.) Tal como Pilatos - o que lavou as mãos no sangue de Cristo - muita gente deste século não crê mais em uma Verdade absoluta. Relativizam tudo: “Cada um tem a sua verdade. Você tem a sua. Eu tenho a minha”.
            A Igreja, porém, insiste na responsabilidade objetiva do indivíduo sobre o aspecto moral de suas escolhas: não há gesto neutro, nossas escolhas podem ser boas ou más. E mais: deve haver coerência entre a fé que professamos e a vida que vivemos. Na Encíclica “O Esplendor da Verdade”, o Papa João Paulo II anotava: “Os primeiros cristãos, provindos quer do povo judaico quer dos gentios, diferenciavam-se dos pagãos não somente pela sua fé e pela liturgia, mas também pelo testemunho da própria conduta moral, inspirada na Nova Lei. De fato, a Igreja é, ao mesmo tempo, comunhão de fé e de vida; a sua norma é a ‘a fé que atua pela caridade’ (Gl 5,6).” [Veritatis Splendor, 26.]
            Iluminada pelo Espírito Santo, a Igreja permanece fiel aos ensinamentos de Jesus Cristo e, por isso mesmo, ousa bater de frente contra as modas e a filosofia de um mundo neopagão, que faz do homem matéria-prima e mercadoria de consumo, a ponto de adotar como ideal uma cultura de morte, onde o aborto legal, a eutanásia e a contracepção são financiados pelo próprio Estado.
            Aqueles que pregam a necessidade de a Igreja “se modernizar”, ignoram que ela é portadora de uma verdade revelada por Deus acerca do homem e acerca do próprio Deus. E exatamente por saber que o Deus Criador é Pai e nós somos seus filhos (não meros macacos evoluídos!), a Igreja continuará lutando a favor da vida, da liberdade e da dignidade do homem.
            Tenho procurado “viver no Espírito”? Invoco o Espírito Santo no início de cada dia, ao começar cada tarefa? Conto com a luz divina para educar os filhos, aconselhar os alunos, fazer minhas escolhas pessoais e familiares?
Orai sem cessar: “Enviai o vosso Espírito e renovareis a face da terra!”
(Sl 104,30)

Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança. 

terça-feira, 23 de maio de 2017

PALAVRA DE VIDA

 Vós também dareis testemunho... (Jo 15,26 - 16,4a)
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            No texto grego de São João, o verbo habitualmente traduzido por “dar testemunho” é um derivado do substantivo “mártir”. Precisamos ter em mente que o verdadeiro e cabal testemunho cristão é exatamente o “martírio”. Não há como duvidar do testemunho existencial de um Estêvão (At 7), que aceita ser sumariamente lapidado, isto é, apedrejado, mas insiste em afirmar que Jesus Cristo, o condenado à cruz, ressuscitou dos mortos e está vivo à direita de Deus Pai.

            Nos primeiros tempos da Igreja, pagava-se com a vida pelo testemunho da fé cristã. Foi assim com o apóstolo Tiago (cf. At 12,2), irmão de João. Em Roma, onde Pedro foi crucificado, ainda se conservam as ruínas do Coliseu, em cuja arena milhares de cristãos enfrentaram as feras ou a espada do carrasco. Nos campos de concentração nazistas e nos gulags soviéticos, milhões de pessoas (judeus e cristãos) foram mortas pelo ódio a Deus e à Igreja. Em pleno Séc. XXI, em países de lei islâmica, como o Sudão, esses martírios continuam a ocorrer.
            Mas há outras formas de dar testemunho que podem constituir autêntico martírio. Ser alvo de zombarias no emprego, ouvir críticas na própria família, enfrentar a “pregação” demolidora e o sarcasmo de professores ateus e anticlericais – tudo isto agride a fé dos cristãos e exige deles um sofrimento que se soma à dor da incontável legião dos que lavaram suas vestes no sangue do Cordeiro (Cf. Ap 7,13-14).
            Segundo nos garante Jesus, em todas estas circunstâncias, nós temos a assistência fiel e permanente do Espírito Santo, que jamais nos deixará sozinhos em nosso permanente combate. Excluídos pelo sistema, perseguidos pelos poderosos, preteridos em favor daqueles que fazem o jogo da sociedade pagã de produção e consumo, nós seremos premiados com a bem-aventurança de Jesus: “Bem-aventurados sois, quando, por minha causa, vos injuriarem e perseguirem e disserem, falsamente, contra vós toda espécie de mal”. (Mt 5,11.) Isto é ser como o Mestre...
            Quanto a mim, dou um testemunho visível de Jesus Cristo nos ambientes onde eu vivo? Ou o medo e a vergonha ainda mantêm atadas minhas mãos e minha boca?

Orai sem cessar: “O Senhor é minha luz e salvação, a quem temerei?” (Sl 27)

Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.

domingo, 21 de maio de 2017

PALAVRA DE VIDA

 Esse me ama... (Jo 14,15-21)
Resultado de imagem para (Jo 14,15-21)           Será que amamos a Deus? Será que correspondemos ao seu amor sem medidas? Neste Evangelho, Jesus nos fornece o critério para avaliar se amamos a Deus: a nossa obediência.

            O mundo pagão talvez estranhe esta relação direta entre amor e obediência. Já o cristão, depois do exemplo do próprio Senhor Jesus, há de acha-la natural. Em sua agonia, antevendo a dura provação que esperava por ele, Jesus dizia em oração: “Pai, se é possível, afasta de mim este cálice... mas não se faça a minha vontade, e sim a tua”.
            Esta entrega incondicional este abandono do próprio ser eleva a altitudes impensadas o amor que se traduz em obediência. A Carta aos Hebreus realçou este movimento amoroso do Filho, a quem o Pai havia proposto assumir um corpo, uma natureza humana, para dizer-lhe o “sim” que os humanos não tinham conseguido pronunciar. E o Filho responde: “Então, eu disse: ‘Eis-me aqui, ó Pai, para fazer a tua vontade!’” (Hb 10,9)
            Também o apóstolo João identificou a obediência como o sinal de que amamos a Deus: “Quem diz: ‘Eu conheço a Deus’, mas não observa os seus mandamentos, é mentiroso, e a verdade não está nele. Naquele, porém, que guarda a sua palavra, o amor de Deus é plenamente realizado. Com isso sabemos que estamos em Deus.” (1Jo 2,4-5)
            Em nossa natureza humana, que ainda conserva as sequelas da queda original, permanecem vivas inclinações e pulsões que são adversárias da vontade de Deus. O “homem natural”, que ainda não se abriu ao sopro do Espírito, irá recalcitrar contra os mandamentos do amor. Em seu íntimo, combatem o amor por si mesmo e o amor a Deus, com os reflexos de amor ao próximo.
            Ao contrário, quando a pessoa humana se abre ao Espírito de Amor, torna-se capaz de superar as inclinações naturais. É assim que Francisco de Assis abre mãos das riquezas, Inácio de Loyola rejeita as glórias mundanas, Teresa de Calcutá troca o colégio chique pelos mendigos do lixão. No fundo, uma questão de amor...
            O próprio Jesus havia alertado a seus discípulos: “Onde está o teu tesouro, aí está o teu coração”. (Mt 6,21)

Orai sem cessar: “Serviremos ao Senhor e obedeceremos à sua voz!”(Js 24,24)

Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.

sábado, 20 de maio de 2017

PALAVRA DE VIDA

 Vou para Aquele que me enviou... (Jo 16,5-11)
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            É a despedida da Última Ceia. Jesus anuncia que, chegando ao fim de sua missão terrena, está prestes a voltar para o Pai. Chega ao fim aquele período histórico em que sua presença física podia ser compartilhada pelos discípulos. Durante cerca de três anos, viveram a experiência narrada por São João: “nossos olhos viram, nossos ouvidos ouviram e nossas mãos têm como que apalpado...” (1Jo 1,2.) Agora, porém, é o adeus...

            Para os consolar, o Mestre acena-lhes com a promessa do Espírito Santo, a quem chama de Paráclito ou Consolador. Mas a tristeza invade os corações dos discípulos. Apegados à pessoa de Jesus, não conseguem alegrar-se com a volta do seu Senhor para o Pai, tampouco com o dom do Espírito.
            O que nos deveria impressionar, acima de tudo, é a consciência clara que Jesus manifesta acerca de sua filiação divina e a sua certeza de que, apesar da iminência da paixão e da cruz, não será abandonado pelo Pai. É igualmente clara a convicção de que lhe foi dada uma missão: sente-se o Enviado do Pai.
Esta ligação ou relação entre Jesus e seu Pai costuma ficar diluída em nossas pregações. Mesmo ao admirar Jesus como mestre da Palavra, dono de superpoderes (a ponto de dominar os elementos e curar as enfermidades!) ou profeta que arrasta multidões, nem sempre mantemos viva diante de nossos olhos a percepção de que o Pai age em Jesus. Por Jesus. Com Jesus.
            Mas Jesus sabe disso: nada faz sem o Pai (Jo 14,31). Ora ao Pai antes de escolher seus discípulos (Lc 6,12-16). Dá graças ao Pai pela alegria das experiências missionárias dos apóstolos (Lc 10,21). Agradece antecipadamente ao Pai para, a seguir, chamar Lázaro para fora do túmulo (Jo 11,41-42). Abandona-se ao Pai na hora de sua angústia (Lc 22,42). E é dessa maneira que ele nos dá o modelo de vida cristã: uma existência que se desenrola sob os olhos amorosos de Deus, na estatura de filhos que tudo lhe devem e, por isso mesmo, vivem em permanente ação de graças.
            Tenhamos, ainda, em conta este fato: em todas as suas orações registradas nos Evangelhos – com exceção do Salmo recitado na cruz (Mc 15,34) – Jesus sempre se dirige a Deus como o seu Abbá, termo da linguagem infantil com que uma criança de colo se dirige ao papai.
            Enfim, o cristianismo não se reduz a uma doutrina ou tábua de valores morais. O cristianismo é, acima de tudo, uma filiação...
Orai sem cessar: “Abbá, ó Pai!” (Mc 14,36)

Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.

PALAVRA DE VIDA

 O mundo vos odeia... (Jo 15,18-21)
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            Aqui e ali, encontro cristãos que se lamentam porque seu testemunho cristão prejudicou sua carreira profissional. Como não eram da “panelinha” que se reunia para farras e bebedeiras, não topavam negociatas, insistiam em valorizar a ética, acabaram “na geladeira”. Conheço um engenheiro que foi demitido por ter pregado um crucifixo na parede de sua sala.

            Aqui e ali, encontro jovens simpáticas que se lamentam porque suas colegas mais espevitadas logo arranjaram um namorado, enquanto sua atitude recatada e a recusa a certo tipo de relacionamento afastou eventuais candidatos. E suspiram: “Está difícil arranjar um namorado que não aponte para o motel logo no primeiro encontro...”
            Aqui e ali, encontro jovens universitários ressentidos com seus professores, que se aproveitam de toda oportunidade para zombar de sua fé, denegrir a história da Igreja e abrir um “zoom” sobre os deslizes dos sacerdotes. Não poucos desses jovens acabam por se afastar da Igreja.
            Ora, meus queridos amigos, que é que vocês esperavam da parte de um mundo neopagão, que lucra com a miséria alheia e incensa nulidades, desde que sejam do seu grupo ideológico?! Que esperavam de um mundo anticrístico, que manifesta o mais deslavado ódio por Deus e por seus servos? Aplauso? Condecorações? Diplomas de honra ao mérito?
            Grande infantilidade ficar surpreso ou chateado com tais manifestações! Jesus alertara os membros do seu primeiro grupo: “Se o mundo vos odeia, ficai sabendo que, primeiro do que a vós, me odiou a mim. Se fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu. Mas porque não sois do mundo e porque eu, ao contrário, do mundo vos escolhi, é que o mundo vos odeia.” (Jo 15,18-19.)
            É a mesma infantilidade dos cristãos que reclamam da TV: “É um absurdo! Só violência! Só pornografia!” E eu pergunto: “Por que você não desliga a TV? Afinal, quem programa a TV? Pagãos. Quem patrocina? Pagãos. Quem desempenha os papéis? Pagãos. Ora, vamos esperar decência, respeito e amor à vida da parte daqueles que não conhecem a Deus?”
            Aliás, o cristão que já ouviu o chamado de Deus para cuidar dos irmãos, provavelmente não terá tempo a perder diante da telinha corruptora. Estará tão ocupado em cuidar do próximo, que a TV seria imperdoável perda de tempo...
            Quando veremos na rejeição do mundo um sinal da escolha de Deus?
Orai sem cessar: “O Senhor está a meu favor, nada temo!” (Sl 118,6)

Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.

sexta-feira, 19 de maio de 2017

PALAVRA DE VIDA

Como eu vos amei... (Jo 15,12-17)
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            Amar não é fácil. Já que o amor não consiste em usar o outro para meu prazer... Nem ser o centro das atenções de alguém... Nem experimentar arrepios e devaneios românticos...

            Amar não é fácil, pois a natureza humana degenerada pelo pecado é incapaz do verdadeiro amor se não for regenerada pela Graça divina. Entregue a mim mesmo, sem a Graça, eu sou o lobo do homem...
            Ora, não bastasse esta dificuldade “natural” nos indivíduos de uma raça ferida, vem o Senhor Jesus e nos espreme contra a parede com um imperativo extremo: “Amai-vos uns aos outros... COMO EU vos amei”! E COMO foi que Jesus nos amou?
            - Até a morte. E morte de cruz!
            No capítulo 13 de seu Evangelho, o discípulo amado anotou que, tendo chegado a hora de Jesus passar para o Pai, “tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim”. (Jo 13,1)
            Até o fim? Esta cláusula pode ser entendida em sua dimensão temporal, mas expressa também a plenitude máxima da capacidade de amar. Isto é, Jesus não teve meias-medidas em seu amor. Não estabeleceu condições para amar. Não manteve uma área de reserva pessoal. Não amou à espera de alguma contrapartida.
            De fato, o amor de Jesus não se limitou a Maria e José. Seu afeto não estacionou no grupo dos discípulos fiéis, mas incluiu a covarde negação de Pedro e a traição asquerosa de Judas. No momento de sua prisão, Jesus “cola” de novo a orelha de Malco que a espada decepara (cf. Lc 22,50-51; Jo 18,10), beneficiando um de seus perseguidores. Já cravado no madeiro da cruz, Jesus ainda roga ao Pai que perdoe seus carrascos (cf. Lc 23,34).
            Lev Gillet põe estas palavras na boca de Cristo, o amoroso: “Meus bem-amados, eu quero revelar-vos minha essência, minha presença, e tornar ativa em vós uma visão de mim mesmo. Eu sou o Amor sem limites. Não conheço limite algum no tempo. Não conheço limite algum no espaço. Não há lugar onde eu não me encontre. Não há momento algum onde eu não exprima o que sou. [...] Amados meus, ajustai vossos sentimentos ao sopro, ao toque divino. Sede as cordas vibrantes que transmitem meu Amor sem limites”.
            Não admira que Teresa cantasse: “muero porque no muero...”
Orai sem cessar: “O amor é forte como a morte!” (Ct 8,6)

Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.

quinta-feira, 18 de maio de 2017

PALAVRA DE VIDA

 Para minha alegria estar em vós... (Jo 15,9-11)
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            Todos conhecem o velho refrão: “Um santo triste é um triste santo!” E houve inimigos da Igreja, como Nietzsche, que nos deram uma boa ajuda ao apontar a inércia e a cara amarrada dos cristãos. Com razão, creio, pois conhecer a Jesus e viver “de tromba”, “emburrado”, é um terrível contratestemunho!

            Infelizmente, ainda há gente que considera a alegria, o riso e as brincadeiras como coisa pecaminosa, incompatível com a santidade. Triste engano! Nas entrelinhas do Evangelho, percebemos que o próprio Jesus gostava de umas brincadeiras, como quando passou a chamar de “filhos do trovão” (i. é, Boanerges) os dois apóstolos que se ofereceram para invocar o fogo do céu sobre os samaritanos. (Cf. Mc 3,17; Lc 9,54.)
            Certa vez, um padre que assinava o jornal católico “O Lutador” escreveu uma carta lamentando a publicação de uma foto com a imagem de uma mulher que dançava. E era uma dança de louvor a Deus, como a de Davi diante da Arca da Aliança, um tipo de oração “recuperado” por muitas Comunidades Novas.
            Mas a alegria que Jesus deseja derramar em nossos corações não é a alegria barulhenta (ou alacridade) das maritacas que roem coquinhos na ramagem. Não é uma espécie de alegria que se manifesta como agitação muscular, epidérmica. Ele pensa em uma alegria mais profunda (a letícia), que brota de um coração cumulado de amor e se traduz em paz.
            Há uma condição para experimentar esta alegria, que é fruto do Espírito Santo (cf. Gl 5,22). Guardar os mandamentos de Jesus, assim como Ele guarda os preceitos do Pai, permite que permaneçamos em seu amor. Aí seremos alegres. “Disse-vos isto para a Minha alegria estar em vós e a vossa alegria ser completa”. (Jo 15,10-11.)
            Isto permite entender a vida de Marthe Robin, a mística francesa que fundou os Foyers de Charité: vivendo no próprio corpo a Paixão de Cristo todas as semanas, por 50 anos; paralisada em um pequeno divã e sem poder comer ou beber coisa alguma, vivia na maior alegria, ria com uma gargalhada brejeira e, de quebra, atendeu pessoalmente ou em pequenos grupos, nada menos que... 100 mil pessoas! Ouvi este testemunho de pessoas que conviveram ela.
            Você é alegre? Ou já encontrou bons motivos para “amarrar a tromba”? Que tal mergulhar no amor de Deus e... sorrir?
Orai sem cessar: “Meu espírito exulta de alegria em Deus!” (Lc 1,47)

Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.